Bovespa fecha em queda de 0,27% mas mantém patamar dos 71 mil pontos

Publicado em 06/04/2010 18:20

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) interrompeu a sequência de seis dias de ganhos consecutivos com dia de perdas moderadas. O mercado brasileiro de ações abriu em queda, chegou a ir para o campo positivo, mas nas últimas horas prevaleceu a tradicional "realização de lucros" (venda de papéis muito valorizados para embolsar os ganhos).

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, cedeu 0,27%, aos 71.095 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,37 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (Bolsa de Nova York) teve leve baixa de 0,03%.

"O mercado teve um dia de realização perfeitamente normal. Depois de seis dias de alta direto, a Bolsa já ficou "pesada' demais. E nós temos que lembrar que ano passado já subiu mais de 80%", comenta Bernardo Rodarte, gerente de operações da corretora Sita. Como outros profissionais de mercado, Rodarte também vê boas chances da Bolsa voltar ao nível históricos dos 73 mil pontos no curto prazo, mas ressalta que o mercado brasileiro ainda vai enfrentar muita volatilidade pela frente.

"Algumas ações já subiram muito, como Vale e siderúrgicas, mas nós temos [a ação da] Petrobras, que pode subir, algumas ações de bancos, e de algumas construtoras. O problema é que lá fora o cenário ainda está muito complicado", acrescenta.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,755, queda de 0,45%, recuando para o seu menor nível em três meses. A taxa de risco-país marca 172 pontos, levemente acima da pontuação anterior.

Em um dia de agenda econômica bastante esvaziada, ganhou relevância ainda maior a ata do Federal Reserve (banco central dos EUA), relativa à reunião do dia 16 de março, quando a autoridade monetária americana manteve mais uma vez a taxa básica de juros desse país em 0,25% ao ano.

Nos últimos meses, com a retomada incipiente da economia americana, economistas começaram a especular se a política monetária não seria alvo de ajustes ainda neste ano, como forma de precaução contra pressões inflacionárias. O documento mostrou, no entanto, que o "Fed" não está com pressa em elevar os juros de seu nível historicamente baixo.

"A duração da citação de período prolongado para a política monetária pode alongar-se por mais algum tempo e pode até ser ampliada se as perspectivas econômicas piorarem ou se a tendência inflacionária parecer estar declinando ainda mais", avaliou o colegiado de diretores do Fed, no texto da ata divulgado hoje.

Entre outras notícias importantes do dia, a FGV registrou índices menores de inflação nas cinco das sete capitais pesquisadas, pela leitura do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor - Semanal). O dado consolidado da semana terminada no dia 31, que foi divulgado ontem, indicou inflação de 0,86% --0,01 ponto percentual abaixo do dado da semana anterior.

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Fonte:
Folha Online

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