Dólar fecha a R$ 1,77; Bovespa valoriza 1,40%

Publicado em 08/04/2010 16:57

Os preços da moeda americana quase bateram a casa de R$ 1,80, cedendo principalmente na segunda metade da rodada de negócios desta quinta-feira. A jornada foi marcada pela ansiedade em relação à Grécia, país com severos problemas na área fiscal e que afeta a estabilidade financeira na zona do euro.

O dólar chegou a ser vendido por R$ 1,791 logo pela manhã, em sua cotação máxima no dia. O Banco Central "adiantou" novamente seu leilão diário de compra para as 11h57 (hora de Brasília), tomando dólares por R$ 1,7828 (taxa de corte).

As taxas começaram a ceder com mais força após o horário de almoço, quando profissionais de mercado notaram um movimento de venda de ativos, principalmente no mercado futuro.

Dessa forma, o dólar comercial encerrou o dia vendido por R$ 1,777, em baixa de 0,05% sobre o fechamento de ontem, muito perto da cotação mínima do dia (R$ 1,772). Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,880.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,40%, aos 71.786 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,24 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,33%.

Ontem à tarde, a notícia de que bancos gregos solicitaram ajuda do governo local para atravessar a crise não foi bem recebida pelos mercados. Esse nervosismo recorrente com a situação na Grécia ainda deu o tom dos negócios hoje. Apesar dos esforços das autoridades internacionais, como o BCE (Banco Central Europeu), para acalmar os mercados, os investidores cobraram os juros mais altos em dez anos para tomar os títulos da dívida grega, numa demonstração clara da desconfiança geral.

No caso do mercado brasileiro, a perspectiva de ingressos significativos de recursos no curto e no médio prazo aparentemente teve impacto restrito sobre os negócios. Ontem, por exemplo, circulou a informação de que o grupo Itaú-Unibanco deve captar US$ 1 bilhão na praça internacional. Também estão previstos novos IPOs (lançamentos de ações), que costumam contar com forte participação de capital estrangeiro.

"Nós ainda precisamos saber se esse dinheiro captado lá fora vai efetivamente entrar no país ou se fica lá fora. Por enquanto, o que nós vimos por aqui foi o fluxo normal de recursos. Efetivamente, se esse dinheiro entrar, o dólar deve reagir", comenta Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade.

Para Baldan, no cenário atual, é mais provável que a taxa de câmbio continue a oscilar na banda "informal" de R$ 1,75 a R$ 1,80.

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a subir nos contratos mais negociados.

o IBGE apontou inflação de 0,52% em março ante 0,78% em fevereiro, pela leitura do IPCA, o índice oficial para o regime de metas. No trimestre, no entanto, a alta acumulada de 3,69% já supera toda a variação observada ao longo do ano passado.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,97% ao ano para 9,99%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada subiu de 10,45% para 10,46%. No contrato de janeiro de 2012, a taxa prevista avançou de 11,68% para 11,70%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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