Bovespa fecha em queda de 0,51% na contramão de mercados

Publicado em 09/04/2010 17:59

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) concluiu a jornada desta sexta-feira na contramão do mercado mundial. Enquanto as Bolsas americanas e europeias valorizaram, em meio a notícias um pouco mais positivas sobre Grécia, o mercado brasileiro permaneceu no campo negativo. As ações da Petrobras contribuíram para boa parte da queda do índice, num dia de retração dos cotações do petróleo.

Na semana, a Bolsa acumula valorização de 0,36%, enquanto a taxa de câmbio subiu 0,23%.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, cedeu 0,51% no fechamento, aos 71.417 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,87 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,64%.

A ação da Petrobras desvalorizou 1,61%, com negócios de R$ 605,5 milhões. A ação ordinária, que movimentou outros R$ 134,4 milhões, retraiu 1,19%.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,773, em um decréscimo de 0,22%. A taxa de risco-país marca 175 pontos, número 1,16% acima da pontuação anterior.

"Hoje foi um dia até tranquilo, sem muito espaço [para o dólar] para subir nem para cair. Na verdade, o que acontece é que o mercado está todo sob expectativa da ajuda da União Europeia à Grécia. Parece que realmente a UE está se preparando para auxiliar o país, mas todo mundo quer ver mais concreta, e até lá, os negócios ficam em compasso de espera", comenta Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez. 'Acho que o único contraponto negativo foi o rebaixamento do 'rating' da dívida de longo prazo pela Fitch', acrescenta.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA informou que o nível de estoques no setor atacadista teve crescimento de 0,6% em fevereiro, enquanto as vendas do setor aumentaram 0,8% (o 11º mês consecutivo de avanço). Ambos os números superaram as expectativas do mercado financeiro.

Analistas destacaram na manhã de hoje a entrevista do presidente da União Europeia, Herman Van Rompuy, publicada no jornal francês "Le Monde", onde afirmou que a União Europeia "está preparada para intervir se os gregos pedirem", numa referência ao mecanismo de ajuda financeira acertado em março, que prevê, além de empréstimos bilaterais, o acesso aos recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional).

O mercado ainda já sinais, no entanto, de desconfiança em relação ao país mediterrâneo. A agência de classificação de risco Fitch Ratings reduziu a nota de crédito soberano da Grécia, de "BBB+" para "BBB-" e advertiu que mais reduções são possíveis.

No front doméstico, o IBGE apontou um crescimento de 0,6% do nível de emprego no setor industrial em fevereiro. Em relação a igual período em 2009, houve alta de 0,7%, primeiro resultado positivo desde novembro de 2008.

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Fonte:
Folha Online

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