Bovespa avança 0,23% com cena externa positiva; dólar bate R$ 1,74

Publicado em 14/04/2010 15:50

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) segue de perto o bom humor vigente nas Bolsas europeias e americanas. Indicadores econômicos favoráveis nos EUA, e boas surpresas nos balanços já divulgados de grandes empresas, renovam o apetite por risco dos investidores, que contam os minutos para a divulgação do fundamental "Livro Bege" (relatório com detalhes sobre a economia americana).

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, valoriza 0,23%, aos 70.957 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,24 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,64%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,745, em queda de 0,73%. A taxa de risco-país marca 172 pontos, número 3,37% abaixo da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA apontou que as vendas do setor varejista tiveram um crescimento de 1,6% em março, pelo terceiro mês consecutivo, num desempenho acima do esperado (consenso em 1,2%); o Departamento de Trabalho apontou inflação de 0,1% em março, em linha com as expectativas do setor financeiro.

Os mercados também reagem favoravelmente aos balanços de duas grandes empresas americanas, Intel e JP Morgan, que superaram as expectativas do setor financeiro.

Em testemunho ao Congresso americano, o presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, afirmou ter confiança no processo de retomada, mas advertiu que o alto nível de desemprego (9,7%) não deve ter alívio no curto prazo. Ele também alertou que o enorme deficit fiscal pode prejudicar a saúde da economia no longo prazo.

No front doméstico, o IBGE divulgou que as vendas do setor varejista brasileiro tiveram um crescimento de 1,6% em fevereiro, ante uma variação de 3% em janeiro.

Empresas

O Banco do Brasil anunciou hoje que deve fazer uma operação de aumento de capital em quase R$ 9 bilhões. Embora analistas destaquem a operação no longo prazo seja positiva, porque aumenta a circulação das ações do banco no mercado, deve ter impacto negativo no curto prazo, já que tende a diluir a participação dos minoritários. A ação ordinária do BB perde 1,58%; a ação do Itaú-Unibanco sobe 0,60%, enquanto o papel do Bradesco valoriza 0,48%.

Fonte: Folha Online

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