Bovespa fecha em alta de 0,34%

Publicado em 15/04/2010 09:18
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) valorizou de forma moderada na rodada de negócios de ontem, mesmo num dia de fortes altas tanto nas Bolsas americanas quanto nos mercados europeus. Balanços de grandes empresas melhores do que o previsto e indicadores mais positivos animaram os investidores. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avançou 0,34% no fechamento, aos 71.034 pontos. O giro financeiro foi de R$ 11,19 bilhões, inflado pelo vencimento de opções sobre índice. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque subiu 0,94%.

“O mercado está um pouco estranho já faz alguns dias. Enquanto o Dow Jones tem subido direto, a Bovespa tem até recuado, indo para trás. Acho que está atrapalhando um pouco o vencimento de opções sobre índice (ontem) e o vencimento de opções sobre ações na segunda. Isso sempre provoca uma volatilidade um pouco maior”, comenta Júlio Mora, operador sênior da corretora TOV. Além disso, o mercado está esperando um aumento dos juros (taxa Selic) neste mês, e isso é sempre prejudicial para Bolsa de Valores.

As projeções de juros formadas na BM&F subiram ontem, depois que o IBGE divulgou que as vendas de varejo subiram 1,6% em fevereiro, bem acima do consenso de mercado (0,6%). O Comitê de Política Monetária, do Banco Central, volta a se reunir nos dias 27 e 28, e muitos economistas do setor financeiro já preveem um ajuste de 0,75 ponto percentual.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA apontou que as vendas do setor varejista tiveram um crescimento de 1,6% em março, pelo terceiro mês consecutivo, num desempenho acima do esperado (consenso em 1,2%), o Departamento de Trabalho apontou inflação de 0,1% em março, em linha com as expectativas do setor financeiro.

Os mercados também reagem favoravelmente aos balanços de duas grandes empresas americanas, Intel e JP Morgan, que superaram as expectativas do setor financeiro.

Em testemunho ao Congresso americano, o presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, afirmou ter confiança no processo de retomada, mas advertiu que o alto nível de desemprego (9,7%) não deve ter alívio no curto prazo. Ele também alertou que o enorme déficit fiscal pode prejudicar a saúde da economia no longo prazo.

No front doméstico, o IBGE divulgou que as vendas do setor varejista brasileiro tiveram um crescimento de 1,6% em fevereiro, ante uma variação de 3% em janeiro.

O Banco do Brasil anunciou ontem que deve fazer uma operação de aumento de capital em quase R$ 9 bilhões. Embora analistas destaquem a operação no longo prazo seja positiva, porque aumenta a circulação das ações do banco no mercado, deve ter impacto negativo no curto prazo, já que tende a diluir a participação dos minoritários.

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Fonte:
Jornal do Commercio

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