Bovespa retrai 1,65% com cena externa negativa; dólar atinge R$ 1,76
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) permanece em terreno negativo, desde a abertura da rodada de negócios desta sexta-feira, em linha com as perdas registradas nas Bolsas americanas. O investidor opta por vender ações, num cenário em que as notícias frustrantes têm mais força que os resultados do Bank of America, com números melhores do que as previsões dos analistas.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, recua 1,65%, aos 69.362 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,05 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 1,27%.
Na Europa, a Bolsa londrina fechou em queda de 1,39%; em Frankfurt, o índice Dax cedeu 1,76%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,765, em alta de 0,74%. A taxa de risco-país marca 177 pontos, número 5,98% acima da pontuação anterior.
O Tesouro Nacional completou hoje a captação de recursos no mercado internacional, por meio da oferta de títulos com prazo de 11 anos a investidores nos mercados europeu, americano e asiático. No total, o governo brasileiro levantou US$ 787,5 milhões, pagando juros de 4,87% ao ano.
O Banco Central realizou seu habitual leilão para compra de moeda às 12h24 (taxa de corte), aceitando ofertas por R$ 1,7598 (taxa de corte).
Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA apontou um ritmo acima do esperado na construção de casas, que aumentou 1,6% em março; a emissão de licenças para construção também foi melhor do que o previsto por economistas do setor financeiro. E a Universidade de Michigan indicou uma piora no nível de confiança do consumidor local no início de abril, em um desempenho que surpreendeu os analistas.
No front corporativo, o maior banco dos EUA em ativos, o Bank of America, anunciou um lucro líquido de US$ 2,83 bilhões (ou US$ 0,28 por ação) para o primeiro trimestre deste ano, contra US$ 2,81 bilhões um ano atrás. Analistas estimavam um lucro de US$ 0,09 por ação para este período.
Ontem à noite, o portal Google reportou um lucro de US$ 1,96 bilhão para os primeiros três meses do ano, um número 37% superior ao resultado no primeiro trimestre do ano passado. Apesar de positivo, a cifra foi um pouco menor do que o previsto por analistas.