Dólar fecha a R$ 1,76, em queda de 0,62% na semana; Bovespa cai 1,32%

Publicado em 16/04/2010 17:01

Após a atuação mais visível do Banco Central na jornada de ontem, o mercado de câmbio doméstico "respeitou" o "piso" de R$ 1,75 para a taxa de câmbio na rodada de negócios desta sexta-feira.

Numa intervenção rara, o BC realizou dois leilões de compra ao longo da quinta, num dia em que o dólar chegou a bater R$ 1,734, o menor preço registrado em toda a semana. Hoje, a cotação da moeda americana até caiu abaixo de R$ 1,75 --em R$ 1,747-- mas apenas por poucos minutos.

O BC entrou no mercado às 12h24 (hora de Brasília), em seu habitual leilão de compra, e aceitou ofertas por R$ 1,7598 (taxa de corte). Nessas operações, a autoridade monetária não informa o volume adquirido.

Dessa forma, o dólar comercial finalizou o expediente sendo vendido por R$ 1,762, perto da taxa máxima do dia (R$ 1,768. O valor representa um acréscimo de 0,57% sobre o fechamento de ontem. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,870, em alta de 1,08%.

Ainda operando, a Bovespa sofre queda de 1,32%, aos 69.591 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,80 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York perde 0,94%.

Entre as principais notícias do dia, o Tesouro Nacional completou hoje a captação de recursos no mercado internacional. O órgão do governo brasileiro ofereceu títulos da dívida, com prazo de 11 anos, a investidores nos mercados europeu, americano e asiático, levantando recursos no montante total de US$ 787,5 milhões. Os papéis devem pagar juros de 4,87% ao ano.

As autoridades gregas solicitaram uma reunião com representantes da comunidade europeia e o FMI, no que foi visto como o primeiro passo para que esse país acesse os empréstimos de emergência. No final de semana, a UE e o Fundo acertaram acordo em torno de um mecanismo de auxílio financeiro à nação grega.

Nos mercados internacionais, analistas mencionaram nervosismo com as notícias sobre o banco Goldman Sachs, na mira das autoridades americanas por conta de uma acusação de fraude envolvendo títulos relacionados aos famosos créditos de alto risco, os "subprimes".

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas cederam nos contratos de maior volume financeiro.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista retraiu de 10,21% ao ano para 10,19%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,73% para 10,70%. No contrato de janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,99% para 11,96%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

Fonte: Folha Online

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