Bolsas da Ásia cedem por China e Goldman Sachs

Publicado em 19/04/2010 10:15

Bolsas da Ásia cedem por China e Goldman Sachs


As principais bolsas asiáticas tiveram nesta segunda-feira a maior queda em 10 semanas, depois que reguladores norte-americanos fizeram acusações contra o Goldman Sachs e de a China se precaver contra a especulação imobiliária, dando aos investidores uma desculpa para embolsar lucros depois do recente rali nos mercados.

No Japão, o índice Nikkei recuou 1,74%, para 10.908 pontos. Na Austrália, o índice All Ordinaries da Bolsa de Sydney caiu 1,4%, para 4.905 pontos, e em Xangai (China) o Shangai Composite teve baixa de 4,79%, para 2.980 pontos. A Bolsa de Seul (Coreia do Sul) perdeu 1,68%, a 1,705 unidades, e em Cingapura o índice Straits Times caiu 1,54%, para 2.960 pontos. Por fim, a Bolsa de Hong Kong fechou em baixa de 2,1%, para 21.405 pontos.

O índice MSCI que acompanha as bolsas da região da Ásia Pacífico exceto Japão tinha queda de 2,36%, para 424 pontos, maior perda diária desde 5 de fevereiro.

No Japão, ganhou destaque as quedas dos bancos. O Mitsubishi UFJ Financial Group caiu 3,1%, enquanto o Mizuho Financial Group recuou 2,7%.

Companhias aéreas asiáticas também sofriam com o caos aéreo europeu decorrente da fumaça no vulcão na Islândia. A japonesa Kinki Nippon Tourist despencou 6,1% e a All Nippon Airways Co cedeu 2,4%. A Singapore Airlines, segunda maior companhia aérea mundial em valor de mercado, caiu 3,6%.

Alguns investidores enxergam a queda desta segunda-feira como temporária. "Não vejo isso como o início de um mercado em queda", disse Bratin Sanyal, chefe de ações na Ásia na ING Asset Management, em Hong Kong. "O mercado subiu muito, uma correção já era esperada".

O mercado chinês teve um dia especialmente ruim depois que o governo do país anunciou novas medidas no fim de semana para conter a especulação imobiliária, que parlamentares temem criar uma bolha de ativos.

"Tanto a questão imobiliária quanto a do Goldman são fatores de curto prazo, enquanto que uma recuperação da economia chinesa ainda é um cenário, evitando que o mercado caia muito", disse Zheng Waigang, chefe de investimento na Shanghai Securities.

Fonte: Folha de S. Paulo

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