Governo e empresa privada devem partilhar gestão de fundo
Publicado em 19/04/2010 13:45
O fundo de compensação para financiar projetos ligados à produção brasileira de algodão, no valor de US$ 147,3 milhões, proposto pelo governo americano para evitar as retaliações autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), deve ter sua gestão partilhada entre o governo e a iniciativa privada. A afirmação é do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Haroldo Cunha.
A criação do fundo foi um dos pontos da contraproposta apresentada pelo governo dos Estados Undios, que convenceu o governo brasileiro a adiar por mais duas semanas o início da retaliação a mais de 100 produtos norte-americanos, que deveria ter começado no dia 7 deste mês.
“Ainda não temos o detalhamento, mas já temos um consenso com o governo de que o fundo terá uma administração partilhada entre os produtores da Abrapa e membros de alguns ministérios, como da Agricultura e de Comércio Exterior”, afirmou Cunha.
Segundo o presidente da Abrapa, ainda falta resolver uma divergência quanto às atividades nas quais o fundo poderá investir. “Existe uma limitação da fonte de recursos que eles estão propondo para o fundo que só permite investimentos em instituições de pesquisa americanas”, explicou.
Como o lado brasileiro não aceita essa limitação, o governo americano deve apresentar uma solução até esta segunda-feira (19), três dias antes da nova data para aplicação das retaliações. O representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, se reunirá em Washington com o embaixador brasileiro, Mauro Vieira, e esse deve ser um dos assuntos tratados.
“É algo que não tem volta. Para nós, é bem claro que a proposta de retaliação não foi brincadeira”, disse Cunha, ao comentar que a expectativa do setor é que, caso não sejam cumpridas as promessas do lado americano, a retaliação brasileira ocorra na sequência.
Outro ponto da contraproposta americana ao Brasil foi cumprido na última sexta-feira (16). O Serviço de Inspeção Animal e Vegetal dos Estados Unidos (APHIS) colocou em consulta pública uma proposta de alteração nas normas que regulam a importação de carne para permitir que o estado de Santa Catarina, reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação, possa exportar carne suína para o mercado norte-americano.
A consulta pública ficará aberta por 60 dias e é uma etapa obrigatória prevista na legislação norte-americana. O Ministério da Agricultura do Brasil informou que a expectativa é que o processo de regulamentação, após a análise dos comentários na consulta pública, seja concluído até o fim do ano.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – Abipecs, Pedro de Camargo Neto, esse fato reforça o reconhecimento dado a Santa Catarina pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), em maio de 2007, como estado livre de febre aftosa sem vacinação, e que era cobrado pelos brasileiros ao governo americano.
“A abertura do mercado norte-americano não deve representar aumento de exportações, pois a competitividade da suinocultura local é equivalente. Representa, porém, importante chancela técnica da sanidade do estado de Santa Catarina, o que deverá trazer reflexos internacionais positivos”, afirmou Camargo Neto.
A criação do fundo foi um dos pontos da contraproposta apresentada pelo governo dos Estados Undios, que convenceu o governo brasileiro a adiar por mais duas semanas o início da retaliação a mais de 100 produtos norte-americanos, que deveria ter começado no dia 7 deste mês.
“Ainda não temos o detalhamento, mas já temos um consenso com o governo de que o fundo terá uma administração partilhada entre os produtores da Abrapa e membros de alguns ministérios, como da Agricultura e de Comércio Exterior”, afirmou Cunha.
Segundo o presidente da Abrapa, ainda falta resolver uma divergência quanto às atividades nas quais o fundo poderá investir. “Existe uma limitação da fonte de recursos que eles estão propondo para o fundo que só permite investimentos em instituições de pesquisa americanas”, explicou.
Como o lado brasileiro não aceita essa limitação, o governo americano deve apresentar uma solução até esta segunda-feira (19), três dias antes da nova data para aplicação das retaliações. O representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk, se reunirá em Washington com o embaixador brasileiro, Mauro Vieira, e esse deve ser um dos assuntos tratados.
“É algo que não tem volta. Para nós, é bem claro que a proposta de retaliação não foi brincadeira”, disse Cunha, ao comentar que a expectativa do setor é que, caso não sejam cumpridas as promessas do lado americano, a retaliação brasileira ocorra na sequência.
Outro ponto da contraproposta americana ao Brasil foi cumprido na última sexta-feira (16). O Serviço de Inspeção Animal e Vegetal dos Estados Unidos (APHIS) colocou em consulta pública uma proposta de alteração nas normas que regulam a importação de carne para permitir que o estado de Santa Catarina, reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação, possa exportar carne suína para o mercado norte-americano.
A consulta pública ficará aberta por 60 dias e é uma etapa obrigatória prevista na legislação norte-americana. O Ministério da Agricultura do Brasil informou que a expectativa é que o processo de regulamentação, após a análise dos comentários na consulta pública, seja concluído até o fim do ano.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína – Abipecs, Pedro de Camargo Neto, esse fato reforça o reconhecimento dado a Santa Catarina pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), em maio de 2007, como estado livre de febre aftosa sem vacinação, e que era cobrado pelos brasileiros ao governo americano.
“A abertura do mercado norte-americano não deve representar aumento de exportações, pois a competitividade da suinocultura local é equivalente. Representa, porém, importante chancela técnica da sanidade do estado de Santa Catarina, o que deverá trazer reflexos internacionais positivos”, afirmou Camargo Neto.
Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
DCI
0 comentário
Dólar abre em leve baixa ante o real antes de decisão de Fed e BC
Com corte de juros pelo Fed quase certo, debate gira em torno de tamanho da redução
Minério de ferro registra a maior queda diária em quase dois anos
Ações da China fecham em alta com impulso de setor imobiliário
Lula diz que vai conversar com UE para que lei antidesmatamento não seja incluída em acordo com Mercosul
Dólar cai pela 5ª sessão com expectativa de alta de juros no Brasil e baixa nos EUA