Bovespa acentua perdas com nervosismo global; dólar vale R$ 1,76

Em um dia de nervosismo nos mercados mundiais, boa parte dos investidores do mercado brasileiro de ações opta pela ponta de venda na jornada desta segunda-feira. Bolsas americanas e europeias desvalorizam, num dia em que notícias sobre a China e o Goldman Sachs influenciam o rumo dos negócios. No front doméstico, o vencimento de opções (sobre ações) agrega volatilidade ao pregão.

O Ibovespa, índice que reflete as oscilações de preços das ações mais negociadas, perde 1,18%, aos 68.599 pontos. O giro financeiro é de R$ 8,83 bilhões. O vencimento de opções sobre ações infla o volume de negócios do dia. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, tem leve alta de 0,04%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,760, em um declínio de 0,11%. A taxa de risco-país marca 176 pontos, número 0,56% abaixo da pontuação anterior.

Pela manhã, os mercados já reagiam negativamente às duas principais notícias do dia. Primeiro, as investigações na Europa contra o banco americano Goldman Sachs, por operações envolvendo títulos relacionados aos famosos créditos "subprimes" (empréstimos de alto risco). Na semana passada, as autoridades americanas já haviam lançado acusações contra essa instituição financeiro, que trouxeram nervosismo aos mercados. Investidores já temem que outros bancos se somem ao caso.

Além disso, o investidor também ficou apreensivo com as novidades vindas da China. Após anunciar um forte crescimento no primeiro trimestre para o país, Pequim voltou a lançar mão de medidas restritivas contra a economia, com foco no setor imobiliário.

Entre outras notícias importantes do dia, o instituto Conference Board reportou que o índice de indicadores antecedentes, que sinaliza as tendências da economia dos EUA para os próximos seis meses, teve sua maior expansão em sete meses.

O boletim Focus, elaborado pelo Banco Central brasileiro, mostrou que a maior parte dos economistas do setor financeiro revisou, já pela 13ª semana consecutiva, suas expectativas de inflação. O IPCA projetado para 2010 passou de 5,29% para 5,32%.

No front corporativo, o banco americano Citigroup anunciou um lucro líquido de US$ 4,43 bilhões no primeiro trimestre, ou US$ 0,15 por ação, ante um prejuízo de US$ 966 milhões, ou US$ 0,18 por ação, no mesmo período do ano anterior.