Dólar fecha a R$ 1,76; Bovespa inverte tendência e sobe 0,20%

Publicado em 23/04/2010 16:58

O mercado de câmbio doméstico teve um dia "travado" na jornada desta sexta-feira. Quem queria vender moeda preferiu se retrair diante do quadro de indefinições da economia mundial; quem precisava comprar, assustou-se com a falta de ofertas. O pedido da Grécia para acessar o acordo UE-FMI trouxe pouco alívio; e o feriado no Rio de Janeiro (Dia de São Jorge) também deixou de fora uma parcela das corretoras, o que contribuiu para esvaziar as operações.

"Todas as notícias que vem de fora têm gerado um desconforto muito grande no mercado [doméstico], aumento a aversão ao risco. Acho que muita gente se retraiu aguardando preços melhores, talvez contando que o dólar volte a R$ 1,74, como na semana passada", comenta José Carlos Benites, gerente da corretora de câmbio Moeda.

As taxas negociadas na praça financeira oscilaram muito pouco --entre a máxima de R$ 1,769 e a mínima de R$ 1,761-- finalizando em R$ 1,762, somente 0,16% abaixo da cotação de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880, em um avanço de 0,53%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,20%, aos 69.528 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,53 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 0,49%.

A Grécia foi a responsável pela principal notícia do dia: o país finalmente resolveu solicitar o acesso ao mecanismo de ajuda financeira, oferecido pela União Europeia e o FMI, orçado em cerca de US$ 60 bilhões.

Analistas do mercado receberam com algum ceticismo a novidade, avaliando que o montante "ajuda, mas não resolve" os problemas da combalida economia grega, às voltas com uma pesada dívida pública, compromissos financeiros de bilhões de dólares a vencer no curto prazo e protestos da população contra os cortes de gastos exigidos pela comunidade internacional para financiar o país.

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas subiram nos contratos de maior volume financeiro.

O colegiado de diretores do BC (o Copom), que manteve a taxa de juros básica em 8,75% no mês passado, volta a se reunir na semana que vem. Ganhou força nesta semana a corrente dos economistas que aposta num ajuste para 9,50%, em vez de 9,25%.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista avançou de 10,16% ao ano para 10,21%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,67% para 10,73%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa prevista foi mantida em 12,07%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

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Fonte:
Folha de SP

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