Bovespa inverte tendência e ganha 0,31%; dólar vale R$ 1,76
O vaivém das ações brasileiras na rodada de negócios desta quarta-feira mostra o grau de volatilidade do dia. A crise europeia ganha novos contornos, com o rebaixamento de "rating" espanhol, um dia após Portugal e Grégica. No front doméstico, o investidor aguarda a decisão do Copom (juros), após o final do pregão de hoje. E nos EUA, o banco central revela dentro de alguns minutos sua decisão de política monetária.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, valoriza 0,31%, aos 66.719 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,55 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,40%.
Movimentando R$ 865 milhões, as ações preferenciais da Vale puxam a recuperação da Bolsa, sendo negociadas com ganhos de 0,30%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,760, em queda de 0,28%. A taxa de risco-país marca 186 pontos, número 3,62% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a agência Standard & Poor's rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) da dívida soberana da Espanha de 'AA+' para 'AA', ainda dentro da classificação de "grau de investimento" (menor risco de calote). A perspectiva de revisão, no entanto, é negativa.
O Seade/Dieese apontou uma taxa de desemprego de 13,7% em março, a menor em 12 anos. Ainda no front doméstico, o Banco Central informou que o fluxo cambial do país (a diferença entre saídas e entradas de dólares) está negativo em US$ 9 milhões neste mês até o dia 23.
O banco Bradesco divulgou um lucro líquido de R$ 2,1 bilhões para o primeiro trimestre deste ano, número 22% acima do resultado de um ano atrás e superior às expectativas do mercado. Já a empresa de TV por assinatura NET revelou lucro de R$ 46 milhões para o exercício do primeiro trimestre, contra R$ 120 milhões no mesmo período em 2009.
O mercado conta os minutos para o resultado da reunião do Fomc (Comitê de Política Monetária do Federal Reserve), previsto para as 15h15 (hora de Brasília). Analistas apostam que esse comitê deve manter a taxa de juros em 0,25% ao ano, guardando maior importância para o comunicado pós-reunião.
Após o encerramento dos negócios, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve anunciar a nova taxa básica de juros brasileira, hoje em 8,75% ao ano. Economistas estão divididos entre um aumento de 0,50 ponto ou 0,75 ponto percentual para a taxa básica de juros.
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