Bovespa desvaloriza 0,65% na contramão de NY; dólar vale R$ 1,73

Publicado em 03/05/2010 16:22

As ações brasileiras desvalorizam na jornada desta segunda-feira. O mercado brasileiro "descola" dos mercados externos, num dia de fortes perdas para os papéis da Petrobras. As Bolsas americanas mostram recuperação: o investidor reage positivamente aos números já divulgados sobre a expansão de renda e consumo. A definição do acordo UE-FMI não empolgou o mercado, com dúvidas sobre a situação das demais economias fragilizadas da Europa.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, retrai 0,65%, aos 67.091 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,83 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,33%.

A ação preferencial amarga queda de 3,20%, movimentando R$ 581 milhões. Corretores apontam que um grande banco estrangeiro rebaixou sua recomendação para os papéis da estatal, em meio às incertezas sobre o processo de capitalização da empresa.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,734, em um decréscimo de 0,23%. A taxa de risco-país marca 189 pontos, número 2,07% abaixo da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o governo americano revelou que o consumidor local viu sua renda aumentar em 0,3% no mês de março, enquanto o nível de despesas cresceu 0,6%, em linha com as expectativas do setor financeiro. E o nível de gastos na construção civil teve sua primeira expansão em cinco meses em março, bem acima das projeções do mercado.

Ainda nos EUA, uma pesquisa privada (ISM) mostrou que o setor manufatureiro local teve sua maior taxa de expansão em quase seis anos no mês de abril, também surpreendendo os analistas.

Na Europa, o índice PMI do setor manufatureiro, que busca refletir o nível de atividade de um segmento, mostrou avanço de 56,6 para 57,6 pontos entre março e abril.

Os mercados mostram pouco ânimo com o acordo da União Europeia e do FMI para resgatar a Grécia, com a liberação de 110 bilhões de euros para esse país em troca de um austero plano de cortes dos gastos públicos. Analistas já se preocupam com Portugal e Espanha, e a possível necessidade de que esses país também precisem de resgates financeiros, à semelhança da nação grega.

Na Ásia, o governo chinês voltou a determinar um aumento no nível dos depósitos compulsórios, isto é, do volume dinheiro que os bancos devem manter em reserva, sem aplicar em crédito, em mais uma medida restritiva. Pequim está preocupado com a formação de 'bolhas' de ativos numa economia que cresce a quase dois dígitos anualmente.

E no front doméstico, o boletim Focus, preparado pelo Banco Central, apontou que os economistas do setor financeiro ajustaram suas projeções para a inflação: o IPCA projetado para 2010 passou de 5,41% para 5,42%. Trata-se da 15º semana consecutiva em que a mediana dessas projeções aumenta.

O Ministério do Desenvolvimento informou um superavit de US$ 1,283 bilhão em abril, um resultado 65% inferior ao saldo positivo contabilizado no mesmo período em 2009.

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Fonte:
Folha Online

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