Dólar fecha a R$ 1,85, maior taxa desde fevereiro; Bovespa retrai 1,11%
O mercado de câmbio doméstico teve um dia bem mais regular, após o "susto" de ontem, quando os preços oscilaram bruscamente entre R$ 1,79 e R$ 1,89. Permanecem, no entanto, as incertezas sobre a capacidade da União Europeia em evitar bancarrota da Grécia e o possível contágio da crise para as demais economias fragilizadas.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,851 nas últimas operações desta sexta-feira, o que representa um acréscimo de 0,10% sobre o fechamento de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,875 e R$ 1,820. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,970, em baixa de 1,99%.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) recua 1,11%, aos 62.712 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,62 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 1,61%.
Profissionais do mercado avaliam que houve alguns "excessos" ontem, que puxaram rápido demais a taxa de câmbio: somente os últimos quatro dias o valor subiu 6,87%.
O giro de negócios sinaliza como o ambiente se acalmou de ontem para hoje. Na quinta, o volume de câmbio contratado no mercado à vista da BM&F foi de US$ 3,64 bilhões. Hoje era de US$ 2,05 bilhões até o final desta tarde.
Entre as principais notícias do dia, quatro países --Alemanha, Itália, Espanha e Holanda-- já aprovaram a liberação de recursos para ajudar a Grécia, no âmbito do pacote de ajuda financeira acordado entre representantes da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional).
Investidores e analistas aguardam novidades na reunião de cúpula de chefes de Estado e de governo de 16 países da zona do euro, que deve sinalizar apoio e "respaldo definitivo" à Grécia.
Juros futuros
No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas avançaram nos contratos de 2010 e 2011, mas cederam nos vencimentos de 2012.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista avançou de 10,51% ao ano para 10,53%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada ascendeu de 11,02% para 11,03%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa negociada retraiu de 12,42% para 12,38%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.