Dólar fecha a R$ 1,77; Bovespa perde 0,64%

Publicado em 13/05/2010 17:04

Os preços da moeda americana oscilaram relativamente pouco nesta quinta-feira. O plano português para reduzir o deficit público teve repercussão positiva, mas não ao ponto de impedir uma nova rodada de desvalorização do euro frente ao dólar, trajetória que foi "reproduzida" pela moeda brasileira no mercado doméstico.

Embora a Espanha, e agora Portugal, tenham indicado disposição em "cortar na carne" para reduzir os gastos públicos --reduzindo e congelando salários, e aumentando impostos- há dúvidas entre os agentes financeiros de que esses países serão capazes de rebaixar, de forma significativa, os deficits fiscais, recuperando a confiança dos mercados.

"A lição desses países é muito árdua, e há um longo caminho para percorrer", afirma Glauber Romano, economista da corretora Intercam, sintetizando uma percepção generalizada sobre a situação dos países europeus mais problemáticos.

Romano chama a atenção para o fato de que o euro, mesmo depois da "semana do pânico" e do pacote de ajuda bilionário da UE e do FMI, ainda não recuperou o patamar de US$ 1,30, ainda oscilando nos seus menores preços dos últimos 14 meses.

Nesse contexto, a taxa de câmbio brasileiro oscilou entre R$ 1,779 e R$ 1,767. Nas últimas operações desta quinta, a moeda americana foi cotada por R$ 1,777, em um acréscimo de 0,22%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,880.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) desvaloriza 0,64%, aos 64.804 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,6 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 1,14%.

Entre as principais notícias do dia, o governo português anunciou um novo plano de ajuste, para reduzir o deficit público do país para 4,6% em 2011. A meta anterior era 5,1%. O tamanho do deficit estimado para este ano é de 7,6%. Ontem, a Espanha revelou um pacote de contenção de despesas, com o objetivo de cortar 15 bilhões de euros em gastos públicos até o ano que vem.

Juros futuros

No mercado futuro da BM&F, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a subir nos contratos de prazo mais curto.

Hoje, o ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou que o governo deve cortar R$ 10 bilhões em despesas públicas, visando conter o superaquecimento da economia e seus efeitos sobre a inflação.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 10,57% ao ano para 10,59%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada foi mantida em 11,12%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa negociada recuou de 12,27% para 12,28%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

Fonte: Folha Online

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