Dólar sobe pelo quarto dia e fecha a R$ 1,82; Bovespa retrocede 3,06%

Publicado em 18/05/2010 17:09

Profissionais de mercado encontravam dificuldades para explicar a brusca piora dos mercados no final da tarde desta terça-feira, além do pessimismo generalizado e dominante sobre a situação europeia.

As cotações da moeda americana, que chegaram a cair pela manhã até R$ 1,78, tiveram um repique perto das 14h (hora de Brasília), escalando até o patamar de R$ 1,82. Operadores apontaram um conhecido mecanismo de contenção de perdas (o "stop loss") como a provável explicação para os solavancos de última hora.

Quando teme que o mercado pode atingir um nível de preços visto como desfavorável, alguns agentes financeiros agem para mudar de posição (trocando real por dólar, por exemplo) rapidamente, fechando operações por "qualquer valor".

Nesse contexto, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,822, em um avanço de 0,55% nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,821 e R$ 1,785. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,920, em um recuo de 1,03%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 3,06%, aos 60.941 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,17 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrocede 1,10%.

O nervosismo da última hora mostra que os investidores estão bem menos sensíveis às notícias positivas do dia, como a liberação de 14 bilhões de euros para a Grécia, ou os bons números da economia americana -- o aumento da construção de casas; o lucro acima das expectativas do grupo Wal-Mart.

"Foi bom a Grécia receber a parcela dos 14 bilhões, mas todo mundo sabe que não resolve [os problemas]. Além disso, já tem gente dizendo que falta um plano específico para Portugal e Espanha, e que Portugal seria a próxima 'bola da vez'", comenta Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora de câmbio Fair. O profissional também cita algum desconforto dos agentes financeiros com a iniciativa alemã para taxar os mercados mundiais.

A taxação, e a regulamentação mais rigorosa dos mercados de capitais, são assuntos que voltaram a ganhar audiência desde a crise financeira mundial de 2008, tanto nos EUA, epicentro das turbulências, quanto na Europa.

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Fonte:
Folha Online

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