Bovespa fecha em baixa de 2,5% e acumula perda de 10,8% em seis dias

Publicado em 20/05/2010 18:19

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) emendou seu sexto dia de perdas, em mais um dia de perdas generalizadas nos mercados mundiais. O medo de que a crise na Europa tome novas proporções, sinalizada na forte desvalorização do euro, desestimula o apetite por risco entre os investidores.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, retraiu 2,51% no fechamento, aos 58.192 pontos. Trata-se do menor nível de preços desde 9 de setembro de 2009. O giro financeiro foi de R$ 7,95 bilhões.

Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve queda de 3,60% na conclusão das operações. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em baixa de 1,64%, enquanto a Bolsa de Frankfurt retrocedeu 2,01%.

"O mercado precisava mesmo uma correção de preços, depois de subir tão rapidamente ano passado. E os investidores encontraram um ótimo motivo para fazer essa correção, que é a crise na Europa", comenta Rodrigo Falcão, operador de renda variável da Icap Brasil.

Esse profissional acredita que nas próximas semanas, investidores e analistas poderão ter uma ideia mais clara das reais consequências da crise europeia para o restante da economia mundial, abrindo uma oportunidade para uma possível recuperação das Bolsas. "Agora, nessa volatilidade absurda dos últimos dias, os mercados podem cair ainda mais nesse período", acrescenta, apontando que algumas projeções já veem o Ibovespa caindo para 55 mil pontos no curto prazo.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,861 (alta de 1,25%), atingindo sua maior cotação desde o início de fevereiro. A taxa de risco-país marca 242 pontos, número 0,41% acima da pontuação anterior.

Entre as notícias mais importantes do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA informou um aumento dos pedidos iniciais pelo auxílio-desemprego, que atingiu a cifra de 471 mil, bem acima do esperado por economistas do setor financeiro.

O Índice de Indicadores Antecedentes teve um inesperado declínio de 0,1% em abril, ante expectativas de uma variação de 0,2%. Esse índice busca antecipar as tendências da economia americana dos próximos seis meses.

Na Europa, o governo espanhol deve aprovar medidas para reduzir o deficit público por meio de cortes em gastos sociais além de redução e congelamento dos vencimentos públicos até 2011. Organizações civis já preveem mobilizações contra as medidas.

No front doméstico, o IBGE apontou inflação de 0,63% em maio ante 0,48% em abril, pela leitura do IPCA-15, visto como uma estimativa prévia do índice oficial de inflação. Considerando os últimos doze meses, a taxa ficou em 5,26%.

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Fonte:
Folha Online

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