Em dia de instabilidade, Bovespa fecha com perda de 0,57%

Publicado em 24/05/2010 18:16

O mercado brasileiro de ações teve uma trajetória errática na jornada desta segunda-feira. Se as quedas recentes deixaram os papéis de muitas empresas a preços atraentes para os investidores, as incertezas sobre a crise na zona do euro reduzem o apetite por risco.

O índice Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, retraiu 0,57% no fechamento, aos 59.915 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,64 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 7,5 bilhões). O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, retrocedeu 1,24% no final das operações.

A ação preferencial da Vale, que sozinha teve volume de R$ 717 milhões, desvalorizou 1,21%. A ação preferencial da Petrobras, que movimentou R$ 411 milhões, sofre perdas de 0,84%.

Uma das poucas exceções do dia foi a ação ordinária da OGX (giro de R$ 290 milhões), que teve forte alta de 4,13%, restringindo a queda do índice.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,864, em alta de 0,16%. A taxa de risco-país marca 240 pontos, número 0,41% acima da pontuação anterior.

Entre as notícias de maior importância no dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que as expectativas para a inflação, no setor financeiro, subiram pela 18ª semana consecutiva. A mediana das projeções aponta um IPCA de 5,67% em 2010.

A balança comercial brasileira apresentou um superavit (diferença entre as exportações e importações) de US$ 4,189 bilhões neste ano, com média diária de US$ 43,6 milhões, registrando queda de 50,3% ante o mesmo período de 2009.

O governo britânico, já sob a nova coalizão de conservadores e liberais-democratas, deve anunciar um programa de cortes dos gastos públicos, com a meta de economizar 6 bilhões de libras (cerca de US$ 9,8 bilhões) ainda neste ano.

Nos EUA, um levantamento privado apontou um aumento de 7,6% nas vendas de casas usadas em abril, acima das expectativas do setor financeiro (4,7%).

Europa

Analistas mostraram preocupação com a ausência de novidades na reunião deste final de semana com os ministros das finanças da UE. Muitos aguardavam novidades, como medidas adicionais para defesa do euro.

A intervenção do banco central espanhol sobre a instituição financeira CajaSur também despertou preocupações. Há o temor de que outras empresas do setor bancário desse país também revelem problemas, numa economia já abalada pela crise mundial.

"O novo governo do Reino Unido anunciou corte imediato de 6,25 bilhões de libras no orçamento, enquanto notícias da imprensa dão conta de que a Alemanha também prepara um programa de redução de gastos para ser colocado em prática a partir de 2011. São situações que, somadas, podem contribuir para alguma estabilização às moedas da região e também aos mercados", comenta Silvio Campos Neto, economista-chefe do banco Schahin, em seu relatório semanal sobre os mercados financeiros.

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Fonte:
Folha Online

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