A crise grega, que se espalhou também por outros países da Europa, começa a afetar o Brasil

Publicado em 25/05/2010 10:12
A crise grega, que se espalhou também por outros países da Europa, começa a afetar o Brasil. Um dos principais setores de exportação, o de frango, já sente a retração das vendas neste ano. É o que deverá mostrar os dados da Ubabef (União Brasileira de Avicultura) a serem divulgados hoje.

Os europeus compraram 15% menos frango dos brasileiros nos quatro primeiros meses deste ano em relação a igual período anterior. Na avaliação dos europeus, essa queda foi provocada pela crise grega, que está freando o consumo interno.

Francisco Turra, presidente-executivo da Ubabef, não descarta, porém, uma busca de proteção do mercado. Para proteger os produtores locais, os europeus criaram medidas unilaterais e querem adotar um novo sistema de cotas. Produtores e exportadores brasileiros estudam medidas contra eles na OMC (Organização Mundial do Comércio).

O mercado europeu é importante para o Brasil. Serve de passaporte para outros mercados. Foi assim com a China, que não teve dificuldades em aprovar os frigoríficos já habilitados para exportar para a Europa, diz Turra.

Se a União Europeia tenta criar barreiras, os brasileiros apostam ainda mais no mercado russo, que impôs restrições ao frango dos EUA. Além disso, Turra diz que o produto brasileiro está ganhando bom espaço em países asiáticos e africanos, depois que a indústria nacional teve de buscar novos parceiros devido à crise de 2008.

O setor de carne bovina ainda não sentiu nos números a queda de embarques para a União Europeia, mas isso deve ocorrer a partir da segunda quinzena de junho, segundo Otávio Cançado, da Abiec (associação do setor). Já os exportadores de suínos, devido à concentração de vendas à Rússia, estão otimistas com 2010, diz Pedro Camargo Neto, da Abipecs.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Folha de São Paulo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

1 comentário

  • Telmo Heinen Formosa - GO

    Crise? Que crise? Chamar de crise a falta de existência de uma demanda que era artificial, é desconhecimento.

    Ainda hoje tem uma noticia sobre soja dizendo... "preços reagem mas a liquidez é fraca" comprovando pela enésima vez de que desde 2008 a oferta e procura "físicas" deixaram de comandar os preços que vem flutuando ao sabor das ações dos epeculadores financeiros.

    Ninguém precisa se preocupar se a Grécia e outros paíse darão conta de pagar sua dívidas, porque simples mente não darão conta. Nem nós.... a nossa. O que importa então?

    O que é importante é dar conta do serviço da dívida e cada vez que há dificuldades todos, UNANIMEMENTE clamam pelo alongamento do prazo... lá como cá. O endividamento segue porque o consumismo impera...

    Atenção: A obsolescência programada atingiu o espantoso grau de que 99% das coisas produzidas DURAM menos de 180 dias... Em 2001 eram 360 dias... Algumas coisas que durariam mais, os legisladores impõem prazo de validade para retira-las da prateleira. Viu onde é que nós estamos metidos?

    Ratificando: 99% das coisas produzidas! [Incluindo alimentos e tudo]

    0