Bovespa fecha em alta de 1,70% com "trégua" na crise europeia

Publicado em 26/05/2010 18:12

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve o seu segundo dia de valorização nos últimos dez dias úteis. Analistas viram um repique episódico na jornada desta quarta-feira, já que os problemas fundamentais das economias na zona do euro permanecem.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, valorizou 1,70% no fechamento, voltando à marca dos 60 mil pontos (60.190, exatamente), um nível de preços perdido desde a semana passada.

O giro financeiro foi de R$ 9,88 bilhões, bem acima da média do mês (R$ 7,37 bilhões/dia).

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, teve queda de 0,69%. Na Europa, as principais Bolsas de Valores fecharam com valorização em torno de 2%, a exemplo de Londres (1,97%), Frankfurt (1,55%) e Paris (2,32%).

"Hoje foi um dia apenas de 'trégua' na crise, devido a ausência de fatores novos, positivos ou negativos. O investidor viu algumas ações a preços muito baixos e saiu à caça de 'oportunidades', de pechinchas. Só que os problemas continuam. Esse investidor até compra, mas vende logo depois", comenta Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

O especialista ressalva que a volatilidade dos negócios continua alta e que os investidores ainda precisam conferir os desdobramentos da crise do euro antes das Bolsas consolidarem uma tendência.

"O mercado ainda não sabe se as medidas tomadas até agora serão suficientes para resolver os problemas fiscais. Não é uma questão que se resolva do dia para a noite. A segunda grande questão é se que os países europeus vão conseguir evitar uma reestruturação de suas dívidas, algo que todos temem neste momento", acrescenta.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,858, em queda de 0,53%. A taxa de risco-país marca 243 pontos, praticamente estável sobre a pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que as encomendas de bens duráveis aumentaram 2,9% em abril, o que representa o melhor desempenho desse indicador em três meses, bem acima das expectativas do setor financeiro (estimativa de 1,3%).

Ainda nos EUA, o mesmo órgão reportou um forte aumento (14,8%) das vendas de casas novas em abril, acima das expectativas.

A OCDE (Organização para Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) revisou para cima as projeções de crescimento mundial. Os EUA cresceriam 3,2% enquanto os países europeus, 1,2%. O crescimento brasileiro foi estimado em 6,5%.

No front doméstico, o Banco Central informou que o estoque de crédito no país atingiu a casa de R$ 1,47 bilhão em março, em um crescimento de 17,6% nos últimos 12 meses. Os pagamentos atrasados representam hoje 5% do total (pessoa física e jurídica), o melhor resultado desde março do ano passado.

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Fonte:
Folha Online

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