Governo promete "reciprocidade" se Argentina vetar alimentos brasileiros

Publicado em 27/05/2010 07:56
"Isso serve para qualquer parceiro, do Uruguai à Mongólia", diz secretário. Governo confirma que empresas argentinas estão cancelando compras.
O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral, afirmou nesta quarta-feira (26) que, caso o governo argentino opte por bloquear a importação de produtos alimentícios de outros países que tenham similares produzidos no mercado local, conforme rumores da imprensa daquele país, a "reciprocidade" poderá ser adotada pelo Brasil.

"Isso serve para qualquer parceiro comercial, do Uruguai à Mongólia. O Brasil trata parceiro comercial com base na reciprocidade", disse Barral, em tom semelhante ao adotado pelo ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, há algumas semanas atrás. Naquele momento, o ministro disse que o governo brasileiro poderia retaliar a Argentina caso os rumores de veto a produtos brasileiros se confirmasse.

Barral observou, porém, que até o momento ainda não há nenhuma confirmação oficial por parte do governo argentino sobre a possibilidade de bloqueio a produtos alimentícios de outros países. "A presidente do país [Cristina Kirchner] está dizendo que não há hada. Estamos pedindo que o governo argentino faça uma declaração formal sobre isso", disse ele.

O secretário acrescentou ainda que quase não há produtos brasileiros parados na fronteira com a Argentina, mas disse que há cancelamentos de produtos nacionais por empresas do país vizinho. "Se isso continuar, vamos tomar medidas das mais diversas", afirmou Barral.

Barral cnegou a elencar alguns produtos argentinos que poderiam ser alvo da retaliação brasileira: vinhos, pêssego e ameixa, entre outros. O Ministério do Desenvolvimento informou ainda que uma eventual retaliação brasileira teria um impacto maior para a Argentina, que exporta US$ 2 bilhões por ano em alimentos para o Brasil, do que para a economia nacional - que a compra de US$ 500 milhões do Brasil no país vizinho.

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Fonte:
G1.com

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