Liquidação financeira dá fôlego a agrícolas na Bolsa

Publicado em 28/05/2010 14:20
O mercado futuro de produtos agropecuários pouco evoluiu nos primeiros 20 anos de negociações no Brasil. Só em 2004 chegou a 1 milhão de contratos por ano e em 2008 foi a 3,3 milhões. Instabilidade econômica, inflação e legislação impediam a evolução do setor.

Apesar dessa evolução, os negócios agrícolas representam apenas 0,7% do mercado total de derivativos do país. Esse percentual está bem abaixo dos 5,3% da média mundial.

Mas o setor vive "um divisor de águas no momento", na avaliação de Ivan Wedekin, diretor de commodities da BM&FBovespa. Há a perspectiva de crescimento e uma maior necessidade de hedge. "Com isso, poderemos corrigir o atraso dos últimos anos", diz Wedekin.

Esse novo cenário para o setor vem de reajustes que estão sendo feitos pela própria Bolsa, que optou por uma liquidação financeira dos contratos agropecuários. Ou seja, elimina-se a obrigatoriedade da entrega física.

Já fazem parte dessa lista boi, milho e álcool. A soja está na mira. A liquidação financeira elimina o risco tributário sobre os preços e as negociações são feitas sobre o preço real do produto, segundo Wedekin.

As novas mudanças são boas para os hedges (frigoríficos, indústrias de processamento etc.) que garantem preços e ficam livres para comprar do fornecedor que quiserem. Além disso, o novo sistema atrai mais o mercado financeiro, dando liquidez ao sistema.

As estatísticas recentes mostram que a financeirização aumenta as participações nesse mercado tanto das pessoas físicas como dos investidores financeiros, das pessoas jurídicas não financeiras e até dos investidores não residentes no país.
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Fonte:
Folha de SP

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