Bovespa fecha em queda de 1,9% com nervosismo sobre zona do euro

Publicado em 01/06/2010 18:01

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) permaneceu no campo negativo durante o pregão desta terça-feira. A divulgação de indicadores positivos nos EUA, e a abertura da Bolsa de Nova York, contribuiu para amenizar o ritmo de perdas, mas por pouco tempo: perto do final do expediente, os temores sobre a crise da zona do euro voltaram a influenciar com mais força os negócios.

O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, recuou 1,91% no fechamento, aos 61.840 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,16 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York), retrocedeu 1,11% no encerramento das operações.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,839, em alta de 0,98%. A taxa de risco-país marca 234 pontos, mantendo a pontuação anterior.

As ações da operadora Vivo estiveram entre os poucos papéis a escapar da derrocada geral, valorizando 2,30%, com as notícias de que a Telefônica elevou sua oferta pela parte da Portugal Telecom na operadora brasileira. As ações ordinárias dispararam 16,4%, movimentando R$ 9 milhões, ante o giro de R$ 61,5 milhões das preferenciais.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA reportou um aumento de 2,7% nos gastos na construção civil em abril, o melhor desempenho em aproximadamente uma década. E a entidade privada ISM apontou o décimo mês consecutivo de expansão do setor manufatureiro americano, no mês de maio.

O escritório estatístico Eurostat revelou uma taxa recorde de desemprego (10,1%) em abril para os países da zona do euro. A Espanha, mais uma vez, surpreendeu, com uma taxa de 19,7%, o maior número da região.

Ainda no setor externo, pesquisas privadas e um relatório oficial apontaram uma desaceleração no nível de atividade do setor manufatureiro chinês entre abril e maio. Para alguns economistas, já se trata de um efeito das medidas adotadas recentemente por Pequim para conter um 'superaquecimento' da economia e a formação de 'bolhas' em ativos, principalmente no setor imobiliário.

Outros analistas preferiram enfatizar a repercussão da crise na Europa sobre um dos maiores exportadores globais.

No front doméstico, o IBGE divulgou que a produção industrial do país caiu 0,7% em abril. Trata-se da primeira queda após quatro meses de crescimento.

Sugestões para o mês

Ações dos setores bancário, de varejo, de petróleo e gás e mineração são as tônicas comuns das carteiras sugeridas pelas corretoras Planner, Link e Ativa para o mês.

Além das "blue-chips" Petrobras e Vale, Link indica as ações ordinárias da BM&FBovespa, BRFoods, CCR, Itaú-Unibanco, JBS, Oi e Suzano. No caso da Petrobras, a corretora recomenda a troca das ações ordinárias (sugestão original) pelas preferenciais, com a abertura do "spread" (diferença) entre os dois ativos ao longo de maio.

"Esperamos uma recuperação no valor de mercado da Petrobras com as definições relativas ao plano de negócios e o processo de capitalização nos próximos meses", avalia o departamento de análise da Link, em seu relatório aos clientes.

A equipe de analistas da Planner também recomenda as ações da estatal petrolífera e da mineradora, acrescentando OGX, Itaú-Unibanco, CPLF, AES Tietê, Duratex, Eztec, Lojas Renner, Hypermarcas, CCR Rodovias e OHL Brasil.

Já a corretora Ativa indica as ações do Bradesco, das Lojas Americanas, da Random, Lupatech e Tractebel.

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Fonte:
Folha Online

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