Mantega quer diversificar as vendas à China
“A China se tornou o primeiro parceiro comercial do Brasil, mas ainda há muito a fazer. Do lado do Brasil, queremos que a pauta seja mais diversificada”, disse, em discurso de abertura do dia nacional brasileiro da Expo 2010 Xangai.
O ministro afirmou que o Brasil possui um parque industrial desenvolvido, o que permite aumentar as exportações de manufaturados.
Mantega disse ainda que o investimento chinês no Brasil é bem-vindo, tanto sozinho como em parceria com empresas brasileiras.
Depois das falas dos ministros, as duas comitivas assistiram a shows de Carlinhos Brown e de Mart’nália. A organização brasileira, a cargo da Associação Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), distribuiu bandeirinhas do Brasil à plateia.
No ano passado, a China ultrapassou os EUA como principal destino das exportações brasileiras, com um volume de US$ 20,2 bilhões.
Desse montante, US$ 15,5 bilhões foram produtos básicos, com o minério de ferro e a soja à frente, enquanto os produtos industrializados ficaram em US$ 4,7 bilhões.
Crítica da política brasileira com relação à China, a Fiesp ecoa o coro dos que veem no yuan desvalorizado a origem da concorrência desleal dos produtos industrializados chineses, inviabilizando a venda de manufaturados ao gigante asiático. Mantega, no entanto, afirma que o problema principal é a desvalorização do dólar, e não da moeda chinesa.
Uma das commodities cujas vendas mais têm crescido é a celulose. Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a exportação para a China subiu 18,4% no primeiro quadrimestre ante 2009.
As vendas para a China aumentaram 135% no ano passado, diz a presidente da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes, que está em Xangai para participar de uma conferência mundial do setor.
De acordo com ela, 49% da celulose importada pela China vem do Brasil.