Bovespa fecha em alta de 1,10%; investidor retoma compras em dia de boas notícias

Publicado em 08/06/2010 18:21

Os investidores aproveitaram uma pausa nas más notícias para voltar às compras, aproveitando os pregões recentes de perdas para "caçar" ações a preços baixos. O crescimento "chinês" do PIB brasileiro também ajudou a melhorar os ânimos, num dia em que as Bolsas americanas subiram com as declarações positivas do titular do banco central dos EUA, Ben Bernanke. Em um contexto de menor aversão ao risco, a Bolsa de Valores brasileiro teve espaço para subir, e a taxa de câmbio, para ceder quase 1%.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve alta de 1,10% no fechamento, aos 61.855 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,93 bilhões, bem abaixo da média de R$ 7 bilhões/dia registrada em maio. O índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) subiu 1,26% no encerramento das operações.

"As Bolsas de Valores caíram demais nos últimos dias. Somente o Dow Jones caiu cerca de 5% em pouco tempo. E quando que o mercado exagera, tende a corrigir mais adiante. O que nós vimos hoje foi muito mais recuperação técnica do que alguma reação a indicadores. Também não é uma mudança de tendência: o mercado ainda vai ter muita volatilidade", avalia Adriano Moreno, estrategista-chefe da Futura Investimentos, que relativiza a influência do desempenho do PIB.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,860, em um decréscimo de 0,30%. A taxa de risco-país marca 247 pontos, número 1,23% acima da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o IBGE revelou que o PIB (somada das riquezas do país) teve sua maior expansão (9% sobre o mesmo trimestre de 2009) da série histórica. Economistas esperavam um crescimento em torno de 8,5%.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apontou que a indústria brasileira retomou o mesmo uso de capacidade instalada de produção registrado anteriormente à crise de 2008.

Na Europa, o governo francês revelou que o deficit fiscal ficou menor em 15 bilhões de euros nos últimos 12 meses, completados em abril. O país tem metas consideradas ambiciosas pelos analistas para reduzir seu deficit público (do qual o deficit fiscal é um dos componentes) para 3,5% do PIB até 2013.

Ontem à noite, o presidente do banco central dos EUA, Ben Bernanke, declarou que as autoridades europeias estão comprometidas com a sobrevivência do euro, tendo dinheiro suficiente para cumprir as obrigações dos países altamente endividados. Bernanke também rejeitou a possibilidade dos EUA voltarem a cair numa recessão, mas avaliou que o crescimento no curto prazo não será 'robusto'.

Amanhã, o Copom anuncia a nova taxa básica de juros do país (hoje, em 9,5%). Boa parte dos economistas estima um ajuste para 10,25%.

"Nós achamos, e a maioria do mercado também, que o Copom deve dar uns três aumentos de 0,75 ponto percentual. Já foi um [aumento] e amanhã deve ocorrer outro. Depois [do último aumento], nós 'vamos ver'. Precisamos conferir como vai estar o nível de aquecimento da economia [no segundo semestre], a evolução dos preços, entre outros fatores", comenta Mário Paiva, analista da corretora BGC Liquidez.

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Fonte:
Folha Online

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