Exportações da China saltam 48,5% em maio sobre 2009

Publicado em 10/06/2010 09:13
As exportações da China dispararam em maio, tranquilizando investidores sobre a força da economia, mas pressionando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a aplacar críticos que dizem que Pequim está mantendo o iuan injustamente subvalorizado. O total de exportações subiu 48,5% em maio comparado ao mesmo mês do ano passado, e as importações avançaram 48,3%, informou o governo nesta quinta-feira.

O resultado dá à China um superávit comercial de US$ 19,5 bilhões, ante o superávit de apenas US$ 1,7 bilhão em abril. Comparado a abril, as exportações cresceram 9,9%. Pelo menos por enquanto, as exportações chinesas à Europa não sofreram impacto da crise de dívida do continente. As exportações à União Europeia dispararam 49,7% em termos anuais, de 28,5% em abril.

No entanto, alguns economistas dizem que o aumento das exportações terá vida curta por causa dos problemas de dívida na Europa, o maior mercado das exportações da China, enquanto muitos acreditam que reanimará o debate sobre o momento para o governo permitir a apreciação do iuan.

"Eu apoiarei aqueles que pedem por mudança na política monetária, à medida que isso reduz a incerteza de curto prazo sobre as exportações", disse Wensheng Peng, economista do Barclays Capital em Hong Kong.

"Os números sobre a exportações foram muito mais fortes que os mercados tinham esperado e podem acalmar os temores sobre uma recaída na recessão", disse Xie Xuecheng, economista-sênior da Southwest Securities em Pequim.

"Porém, nós não devemos ser muito otimistas sobre o setor de exportação nos próximos meses, porque a crise na Europa não terminou e as pressões de custo sobre os exportadores continuam altas", acrescentou.

O valor dos salários está subindo no sul da China, centro de exportação, ampliado por uma série de greves que pressionavam por pagamentos mais altos e uma oferta da fabricante de eletrônicos Foxconn para quase dobrar os salários de alguns trabalhadores após uma onda de suicídios.

Os números também mostraram forte pressão nos preços de imóveis, que subiram 12,4% no ano até maio, perto do aumento recorde de 12,8% no ano até abril. Apesar do crescimento econômico de dois dígitos, o controle de Pequim à especulação imobiliária e as preocupações sobre elevação de capital por bancos fizeram com que o mercado de ações de Xangai tivesse um dos piores desempenhos neste ano, caindo mais de 20%.

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Fonte:
Terra

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