Bom humor global faz Bovespa subir mais de 2%; dólar cai para R$ 1,81

Publicado em 10/06/2010 15:12

Os números mais recentes da economia chinesa, mostrando uma balança comercial mais vigorosa do que muitos analistas previam, animam os negócios nas principais Bolsas de Valores na rodada desta quinta-feira, sem exceção da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, ascende 2,11%, aos 62.775 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,7 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 1,72%.

Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 0,91%, enquanto as ações subiram 1,20% em Frankfurt, e 2,02% em Paris.

O Senado aprovou ontem à noite o projeto para capitalização da Petrobras, que ainda deve passar pelo crivo da Câmara. As ações da estatal petrolífera sobem 1,18%, no caso das preferenciais, e 0,75%, no caso das ordinárias.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,817, em um declínio de 1,67%. A taxa de risco-país marca 236 pontos, número 4,06% abaixo da pontuação anterior.

Analistas chamam a atenção para os dados sobre a economia chinesa, mostrando uma atividade de comércio exterior ainda mais intensa do que muitos previam.

O gigante asiático é um dos maiores importadores mundiais de commodities, o que deve afetar os negócios no Brasil e nos mercados europeus, onde as empresas baseadas em matérias-primas têm grande peso.

O volume exportado teve um aumento de 48,5% em maio, na comparação com igual mês de 2009, enquanto as importações cresceram 48,3% na mesma base de comparação. Os números da economia chinesa vieram mais fortes do que o esperado por muitos economistas do setor financeiro.

No Estados Unidos, o governo revelou uma queda na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego, um importante indicador da saúde do mercado de trabalho local. A cifra atingiu 456 mil solicitações iniciais na semana passada, mas os economistas esperavam um número ainda menor: 450 mil.

Entre as primeiras notícias do dia, o BCE (Banco Central Europeu) manteve a taxa básica de juros, vigente entre os países da zona do euro, em 1% pelo 13º mês consecutivo. O Banco Central da Inglaterra também manteve sua taxa de juros em seu nível mínimo histórico de 0,5%.

O governo japonês estimou um crescimento econômico de 1,2% no primeiro trimestre deste ano, acima das expectativas do mercado (1%).

Ontem à noite, o Banco Central brasileiro decidiu ajustar a taxa básica de juros do país de 9,50% para 10,25%, em linha com as expectativas do setor financeiro. Analistas avaliam que a decisão deve ter efeito nulo sobre os negócios de hoje. Há divergências entre economistas sobre os próximos aumentos da taxa Selic.

Fonte: Folha Online

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