Dólar fecha a R$ 1,81; Bovespa retoma nível dos 63 mil pontos
As notícias de forte expansão da atividade na China, uma das maiores forças da economia global, influenciaram o rumo dos negócios na rodada desta quinta-feira nos mercados. Enquanto as principais Bolsas de Valores avançavam, o euro subiu para US$ 1,20, escapando das cotações historicamente baixas em que oscilou nos últimos dias.
A taxa de câmbio brasileira também refletiu o quadro de menor aversão ao risco pelos agentes financeiros. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,810, em um declínio de 2,05% nas últimas operações, após oscilar entre R$ 1,837 e R$ 1,808, preços máximo e mínimo registrados hoje.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,920, em um declínio de 2,04%.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em forte alta de 2,54%, aos 63.060 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,49 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 2,61%.
O governo chinês revelou que o volume exportado teve um aumento de 48,5% em maio, na comparação com igual mês de 2009, enquanto as importações cresceram 48,3% na mesma base de comparação. Os números da economia chinesa vieram mais fortes do que o esperado por muitos economistas do setor financeiro.
Hoje à noite Pequim deve divulgar mais dados fundamentais, como inflação, vendas do setor varejista e produção industrial. Para profissionais de mercado, a expectativa pela nova bateria de números do gigante asiático, que podem derrubar ainda mais as taxas de câmbio caso surpreendam, motivou alguns agentes a antecipar operações hoje.
Também chamou a atenção dos operadores a aprovação pelo Senado da proposta de capitalização da Petrobras. A estatal adiantou que a operação pode alcançar US$ 20 bilhões. O plano ainda precisa passar pelo crivo da Câmara.
Em geral, lançamentos de ações brasileiras costumam ter forte participação de capital estrangeiro, o que contribuiu para derrubar os preços da moeda americana.
"É claro que a notícia é muito positiva. Mas nós temos que lembrar que nem todo o produto da capitalização deve vir para para o país. A Petrobras tem compromissos a pagar no exterior e é possível que uma parte dos recursos [captados] não entre", avalia Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade.