Bovespa fecha em alta de 1,14% com mercado esvaziado

Publicado em 11/06/2010 18:10

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) deu sequência à forte alta de ontem, reagindo a algumas notícias frustrantes sobre o varejo dos EUA e novos números na China, com destaque para a inflação. Mais uma vez, ações de empresas baseadas em commodities puxaram a recuperação, mas chamou a atenção o giro muito baixo de negócios, num possível efeito da Copa do Mundo, em seu primeiro dia.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, valorizou 0,88% no fechamento, aos 63.605 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,14 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) teve alta de 0,38% na conclusão das operações.

"O mercado teve um dia um pouco atípico de hoje. A alta foi meio artificial", comenta Felipe Prandini, da mesa da operações da corretora Elite, destacando a ausência de "motivos" mais fortes para sustentar a recuperação.

Edison Marcellino, gerente de operações da corretora Finabank, apontou o aumento da confiança no consumidor americano na economia (pesquisa da Universidade de Michigan) como um fator que pode ter contribuído para animar Wall Street, com efeitos por aqui.

"A verdade é que os mercados estão um pouco mais calmos [em relação à crise externa]. E alguns estrangeiros já estão voltando a comprar ações", comenta, destacando o papel das ações da Vale e das siderúrgicas na recuperação de hoje.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,816, em um acréscimo de 0,33%.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que as vendas do setor varejista tiveram queda de 1,2% em maio. Excluindo as vendas de carros, o indicador teve uma baixa de 1,1%. Economistas do setor financeiro previam um crescimento em torno de 0,2%.

A Universidade de Michigan revelou que a confiança dos consumidores norte-americanos atingiu seu maior nível dos últimos dois anos. O indicador da entidade, que mede essa percepção, bateu os 75,5 pontos em junho, acima das projeções (74 pontos) de boa parte do mercado.

E na madrugada de hoje, o governo chinês divulgou uma bateria de indicadores econômicos, dos quais se destacam a produção industrial (expansão de 16,5% sobre o ano passado) e vendas do setor varejista (crescimento de 18,7%). A inflação de maio surpreendeu --a variação de 3,1% ficou acima da meta oficial (3%). A inflação do atacado (7,1%) também bateu as projeções (6,9%).

A inflação chinesa renovou os temores de que Pequim lance mão de novas medidas restritivas contra a economia, um tema que é frequentemente "ressuscitado" nos mercados.

No front doméstico, a FGV apontou uma inflação de 2,21% neste mês ante 0,47% em maio, pela leitura do IGP-M. Trata-se estimativa prévia do índice, que deve sofrer revisões.

O IBGE apontou um crescimento de 0,4% no nível de emprego do setor industrial em abril. Trata-se do quarto mês consecutivo de aumento deste indicador.

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Fonte:
Folha Online

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