Bovespa ensaia recuperação; dólar atinge R$ 1,78

Publicado em 16/06/2010 15:27

O mercado brasileiro de ações sustenta uma moderada valorização na jornada desta quarta-feira. O início do pregão foi marcado por algum nervosismo, numa reação à notícias pouco animadoras do setor bancário espanhol. Esse país faz parte do grupo de nações "na mira" dos mercados, devido ao tamanho de seus deficits públicos, combinado com o crescimento lento da economia.

A bateria de indicadores econômicos dos EUA mostrou tendências mistas: pouco favorável no setor imobiliário, mas com recuperação expressiva no setor industrial.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,35%, aos 64.668 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,62 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) desvaloriza 0,12%.

O vencimento de opções sobre índice infla o giro de negócios da Bovespa e afeta a volatilidade no dia.

O dólar comercial é cotado por R$ 1,786, em baixa de 0,39%. A taxa de risco-país marca 224 pontos, número 1,35% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias do dia, o diário britânico "Financial Times" reportou hoje que várias instituições financeiras espanholas pediram somas recordes para o BCE (Banco Central Europeu) no mês passado, o que foi visto por analistas como a confirmação das dificuldades do setor bancário local frente à crise. Em maio, a intervenção do governo espanhol sobre a pequena instituição financeira Cajasur gerou nervosismo nos mercados.

A finlandesa Nokia (telefones celulares) advertiu que seu balanço do segundo trimestre deverá apresentar números abaixo do inicialmente esperado, principalmente por conta do aumento da competição neste mercado.

Nos EUA, o Departamento de Trabalho informou que o PPI (índice de preços ao produtor) apontou deflação de 0,3% em maio. Trata-se do segundo mês consecutivo de recuo nos preços do atacado. Economistas do setor financeiro esperavam uma deflação ainda maior, de 0,5%.

O Federal Reserve (banco central) divulgou que a produção industrial teve aumento de 1,2% em maio, acima das expectativas do setor financeiro.

Ainda sobre a economia americana, o setor imobiliário apontou queda de 10% no total de construções iniciais de casas no mês passado. As solicitações iniciais para construções, no mesmo período, tiveram retração de 5,9%. Os números foram ainda piores do que o esperado por analistas.

No front doméstico, a FGV apontou uma inflação de 1,30% em junho, pela leitura do IGP-10, ante 1,11% em maio. Nos últimos 12 meses, o índice subiu 5,03%, enquanto o ano o acumulado é de 5,55%. Economistas do setor financeiro esperava uma variação de 1,2% para o período.

O IBGE apontou um decréscimo histórico de 3% nas vendas do comércio em abril, por conta dos aumentos nos preços de alimentos.

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Fonte:
Folha Online

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