Pressionada, China permite valorização do yuan para maior nível desde 2005
Na manhã desta segunda-feira, um dólar comprava 6,7890 yuans - menos do que na sexta-feira (6,7896). A moeda chinesa chega ao seu valor mais alto desde que a China mudou seu regime de câmbio fixo e passou a permitir a flutuação da moeda dentro de uma estreita margem em relação ao dólar, há cinco anos.
Entretanto, desde a crise econômica, as autoridades monetárias chinesas voltaram a ancorar de fato o yuan ao dólar. Os Estados Unidos têm pressionado a China para que flexibilize a sua moeda, alegando que o yuan continua sendo mantido artificialmente abaixo do seu valor real, o que daria mais competitividade às exportações chinesas.
Na semana passada Pequim prometeu permitir uma maior flutuação do yuan, um compromisso que o presidente americano, Barack Obama, pediu que seja levado "a sério".
"Minha expectativa é de que eles (as autoridades monetárias chinesas) levem a sério a política que eles mesmos anunciaram", afirmou Obama, durante a cúpula do G20 - o grupo que reúne os principais países ricos e emergentes -, que terminou no domingo em Toronto, no Canadá.
A posição de Obama é apoiada por outros, como o ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, que consideram que um nível mais adequado da moeda chinesa abriria espaço para outros países exportadores e criaria condições mais favoráveis à retomada do comércio mundial.
Durante o encontro, o presidente chinês, Hu Jintao, fez um alerta para o risco de que uma flutuação brusca do yuan desestabilize os mercados de câmbio.