O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, perdeu 0,92% no fechamento, aos 3,24 bilhões, pouco mais da metade do giro regular neste mês (R$ 6 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York), recuou 0,05% no fechamento.

Profissionais de mercado notam que desde a semana passada, pelo menos, poucos investidores têm se animado a tomar risco na Bolsa brasileiro, provavelmente à espera da virada do semestre. Mas a recuperação do volume financeiro, no entanto, pode ser problemática. "Acho que a liquidez pode continuar prejudicada nos próximos meses. Em julho, nós temos o período de férias no Brasil; no mês seguinte, é o período de férias por 'lá' [no hemisfério norte], e depois, temos o início do período eleitoral por aqui", sintetiza Expedito Araújo, da mesa de operações da Alpes Corretora.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,783, em alta de 0,16%. Hoje, o mercado de câmbio doméstico teve horário reduzido devido jogo da seleção brasileira.

Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA apontou um aumento de 0,2% no nível de gastos das famílias, enquanto o nível de rendimento teve crescimento de 0,4% no período.

No front doméstico, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro reduziu suas expectativas para a inflação do ano --de 5,61% para 5,55% (projeção média para o IPCA). A previsão para a taxa Selic foi mantida em 12% no final deste ano. Já o crescimento do PIB foi reestimado de 7,06% para 7,13%, de acordo com a mediana das projeções de bancos e corretoras.

E neste final de semana, os países mais desenvolvidos assumiram o compromisso de reduzir gastos públicos de modo a controlar o deficit fiscal, como resultado da reunião do G20. Analistas do mercado fizeram uma leitura positiva do resultado da reunião: além da ênfase na saúde fiscal, também houve preocupação em manter o crescimento das economias. A provável desistência em criar um imposto bancário também foi bem vista.