Dólar fecha a R$ 1,81 com nervosismo global; Bovespa sofre queda de 3,7%

Publicado em 29/06/2010 17:10

China e EUA foram a senha para uma onda mundial de aversão ao risco, que derruba as Bolsas de Valores enquanto fortalece a moeda americana, refúgio habitual em momentos de nervosismo.

No gigante asiático, o mercado prestou atenção à sondagem privada que apontou uma desaceleração da economia depois do pico de maio. E nos EUA, a deterioração além das expectativas da confiança do consumidor na economia local também gerou nervosismo.

As duas más notícias encontraram o contexto perfeito para estragar o humor dos investidores: a crise na Europa não dá sinais de resolução no curto prazo, como ficou manifesto na reunião recente do G20 (grupo dos países mais ricos).

O mercado de câmbio doméstico, claro, não passou incólume: a taxa abriu o dia já pressionado, atingindo o patamar de R$ 1,81 rapidamente. Nas últimas operações do dia, a moeda americana foi negociada por R$ 1,811, em um acréscimo 1,57% sobre o fechamento de ontem.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,920, em alta de 1,58%.

O euro, que oscilava em torno de US$ 1,23 há poucos dias, retrocedeu para US$ 1,22 nos negócios desta terça.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) perde 3,72%, aos 61.838 pontos. O giro financeiro é de R$ 6,74 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 2,73%.

Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora Fair, destaca que o "bom momento" da economia brasileira contribuiu para impedir um repique ainda maior dos preços. "O Brasil pode ter subir mais degrau no 'rating', o que deve atrair gestores que ainda não poderiam colocar recursos por aqui; e tem a perspectiva dos juros subirem ainda mais, o que também atrai mais capital", comenta, lembrando ainda das ofertas públicas de ações no horizonte, como Banco do Brasil e Petrobras.

"É muito dinheiro que ainda pode entrar no país. Por esse motivo, acho que dólar não deve subir muito mais que R$ 1,81 ou R$ 1,82. E mesmo que suba mais, o retorno deve ser rápido", acrescenta.

Juros futuros

As taxas negociadas no mercado futuro de juros ficaram praticamente estáveis na BM&F, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos.

No vencimento para outubro, a taxa prevista avançou de 10,86% ao ano para 10,87%. No contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada ascendeu de 11,32% para 11,33%; mas no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista recuou de 12,08% para 12,01%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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