Serra condena uso político de agências
Serra afinou o discurso com as principais reivindicações da CNA, principalmente ao condenar as invasões coordenadas pelo Movimento dos Sem-Terra (MST) e o fato de a candidata petista ter usado recentemente o chapéu da organização.
O ex-governador de São Paulo ironizou a ex-ministra e o presidente Lula por participarem de eventos do MST, inclusive usando bonés do movimento, enquanto em outras oportunidades atacam as ações dos sem-terra.
"É importante que o governo tenha uma taxa de sinceridade e coerência acima da média do próprio País", recomendou. "Acredito nessa taxa de coerência - veste um boné e em outra hora o guarda na gaveta, uma hora diz uma coisa, outra diz outra, um hora diz que juro está muito alto, outra hora diz que tem de baixar, dependendo do público."
O tucano aproveitou a plateia de empresários de agronegócios e fez um discurso cheio de afagos ao segmento. "A agropecuária tem sido uma 'galinha dos ovos de ouro' do desenvolvimento brasileiro", afirmou.
Também prometeu dar importância ao diálogo entre ambientalistas e produtores de agronegócio. Serra garantiu que criará, caso se torne Presidente da República, o "defensivo genérico", e propôs uma política para desenvolver o "transgênico verde-e-amarelo". Isso, segundo ele, para evitar que os produtores nacionais fiquem reféns de tecnologia estrangeira.
Outro ponto cutucado pelo ex-governador de São Paulo foram as Agências Reguladoras. Para ele, há um "aparelhamento" do Estado, e classificou as agências de "pontos de ônibus". "Temos de estatizar o Estado brasileiro. Temos de estatizar as agências reguladoras, que foram apropriadas", disse.
O candidato tucano à Presidência criticou ainda a criação da Secretaria de Portos, afirmando que ela não serviu para nada. "Os portos estão em péssimo estado de conservação", atacou. E voltou a contestar a carga tributária do País, segundo ele, a maior dentre países emergentes.
"Não devemos comparar os índices com os de países desenvolvidos, e sim com os 'comparáveis'. Quando o Brasil vier a ser um país desenvolvido, o País terá outro índice", ressaltou.
O tucano afirmou que o Governo Lula faz o oposto do que promete. Não concede crédito necessário aos produtores locais. "Temos um governo que se diz nacionalista, de esquerda. A meu ver não tem nada disso. Fica assistindo contemplativamente."
No mesmo tom, o vice de Serra, deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ), por meio do Twitter, condenou a ausência da candidata petista, no debate promovido pela CNA. "Dilma fugiu do debate com Serra na CNA. Se ela preferir debater comigo, estou à disposição", provocou.
O democrata também atacou o presidente Lula por ter dito que não conhecia o parlamentar. "Lula diz que não me conhece. Esqueceu que tentou barrar o Ficha Limpa, mas não conseguiu", retrucou, referindo-se ao fato de ter sido o relator do projeto aprovado no Congresso.
O presidenciável tucano, José Serra, elevou o tom ontem em debate promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ele criticou o aparelhamento do Estado, o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) e ainda prometeu ainda à plateia ruralista criar o "defensivo genérico", caso eleito.
Ao pregar a estatização do Estado, o ex-governador de São Paulo focou as agências reguladoras. Para ele, há um "aparelhamento" da máquina pública, e classificou os órgãos de "pontos de ônibus". "Temos de estatizar as agências reguladoras, que foram apropriadas", disse.
Serra afinou o discurso com as principais reivindicações da CNA, principalmente ao condenar as invasões coordenadas pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Fez ainda um discurso cheio de afagos ao segmento. "A agropecuária tem sido uma 'galinha dos ovos de ouro' do desenvolvimento brasileiro." Serra garantiu que criará, se eleito, o "defensivo genérico" e propôs uma política para desenvolver o "transgênico verde-e-amarelo".