Dólar fecha a R$ 1,77; Bovespa avança 0,39% em dia "morno

Publicado em 02/07/2010 16:50

Os preços da moeda americana cederam pelo terceiro dia consecutivo, em um jornada com menos negócios devido ao "intervalo" informal realizado durante o jogo da seleção brasileira na Copa. Esse giro baixo costuma afetar a volatilidade e a formação dos preços.

Nesse contexto, o dólar comercial foi cotado por R$ 1,778, em queda de 1%, nas últimas operações desta sexta-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,790 e R$ 1,770. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo cedeu 1,04%, para R$ 1,890.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 0,39%, aos 61.472 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,85 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York retrai 0,41%.

Profissionais de mercado ressaltam que, embora os últimos indicadores econômicos de China e EUA tenham elevado a aversão a risco, o dólar ("refúgio" histórico em momentos de nervosismo) tem pouco espaço para disparar na praça doméstica.

Entre os vários motivos, há a percepção de que o diferencial "elevado e crescente" entre os juros domésticos e internacionais ainda deve atrair capital estrangeiro. O país também ganhou "pontos" em termos de credibilidade internacional: na segunda-feira, a agência Fitch antecipou que pode melhorar a avaliação do "rating" (nota de risco de crédito) brasileiro.

O analista Flávio Combat, do departamento econômico da corretora Concórdia, estima uma taxa de câmbio de R$ 1,80 para o mês de julho, e uma taxa média de R$ 1,79 para o ano de 2010. Para o profissional, os indicadores dos próximos meses, dando conta de uma desaceleração nas principais economias mundiais, devem trazer volatilidade às taxas de câmbio.

Ele também considera a possibilidade de que a crise na Europa restrinja os investimentos externos no Brasil. Mas lembra que, além da diferença dos juros internos e externos, a entrada de capital externo para participar de grandes IPOs (ofertas públicas de ações) no segundo semestre deve contribuir para a valorização do real. O analista nota ainda que "a valorização do real deverá contribuir positivamente para arrefecer as pressões inflacionárias".

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas ficaram praticamente estáveis.

No contrato para outubro de 2010, a taxa prevista subiu de 10,89% ao ano para 10,90%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 11,32% para 11,31%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,95% para 11,93%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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