Argentina e Brasil mais próximos nos campos
No ato político, que terá deputados, empresários e secretários de Agricultura de sete Províncias argentinas, os países também lançarão uma cooperação bilateral em pesquisas agropecuárias com foco em fruticultura de clima temperado, vinhos, cereais de inverno e genética animal. Também haverá um acordo para estudos conjuntos de riscos e oportunidades para o Mercosul.
Antes do consenso, porém, a reunião bilateral terá que resolver o crescente déficit comercial da Argentina no comércio com o Brasil, que chegou a US$ 10 bilhões nos últimos três anos. E existem algumas pendências pontuais.
A Argentina busca uma saída para ampliar as vendas do chamado mosto de uva ao Brasil. As regras domésticas proíbem a industrialização do subproduto vinícola importado a granel, além de não permitir o fracionamento de embalagens. O Brasil aponta um excedente artificial argentino, mas avalia abrir exceção ao mosto do Mercosul e limitar a quantidade importada - o que teria que passar pelo Congresso. Os argentinos também querem abrir mercado para exportar cítricos, sobretudo limões, ao Brasil. Em troca, o Brasil quer abrir mercado para a banana e garantir indicação geográfica exclusiva à cachaça.