Argentina propõe ao Brasil política comum de exportações agropecuárias

Publicado em 06/07/2010 07:37
Ministro argentino afirmou que países buscam estratégia comum em relação à febre aftosa.
O ministro da Agricultura da Argentina, Julián Dominguez, propôs hoje ao Brasil uma atuação conjunta no mercado internacional de produtos agropecuários.

— Se estivermos juntos numa política de exportação de soja, seremos os maiores produtores do mundo, superando os Estados Unidos — afirmou o ministro da Agricultura do Brasil, Wagner Rossi, após se reunir com o seu colega argentino, quando discutiram formas de aproximar mais os dois países no setor do agronegócio.

Rossi e Dominguez participaram hoje da primeira reunião trimestral das equipes dos dois ministérios. Os encontros a cada três meses foram acertados no início de junho, em Buenos Aires.

— Queremos institucionalizar a pedagogia da cooperação [no setor agropecuário]. Há obstáculos, mas o que tentamos é consolidar um espaço de cooperação em que os temas possam ser colocados de forma simples — disse Dominguez.

Segundo Dominguez, o Brasil tem investido na abertura de novos mercados importantes e acompanhar este processo será importante para os demais países do Mercosul.

— É uma oportunidade histórica de atuar neste cenário alimentar mundial e de participar da empreitada de buscar novos mercados, como a África, que o Brasil tem sido líder e mostrado generosidade. Queremos ir juntos à África, à Rússia e, com certeza, os demais países do Mercosul vão nos acompanhar.

O ministro argentino disse que foram estabelecidos cinco eixos principais de cooperação e trocas de experiências: biotecnologia, agricultura familiar, bioenergia, relações comerciais com terceiros países e estratégia em eventos genéticos. Dominguez afirmou também que há o comprometimento de traçar, junto com o Brasil e demais países sul-americanos, uma estratégia comum em relação à febre aftosa. Embora esteja controlada nos dois países, alguns mercados usam a doença como pretexto para impor barreiras comerciais.

A comitiva argentina é formada por 40 pessoas, entre empresários, políticos, técnicos e pesquisadores. Além de reuniões no Ministério da Agricultura com secretários de várias áreas e suas equipes, elas também conheceram e tiveram encontros com representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Dominguez informou ainda que a atual safra de trigo argentino é de 13,5 milhões de toneladas. O Brasil é o maior importador de trigo da Argentina. Enquanto a população brasileira consome cerca de 10 milhões de toneladas do cereal, a produção nacional é de 5 milhões de toneladas. Rossi disse que o produto é um dos principais nas trocas comerciais entre os dois países é que 'há disposição de que isso siga firme, até por acordos dentro do Mercosul'.

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Fonte:
Agência Brasil

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