Produtores de Mato Grosso acreditam na aprovação do novo Código Florestal
A comitiva de aproximadamente 200 agricultores de Mato Groso, que acompanha os embates sobre a mudança na legislação ambiental brasileira, está confiante e torcendo muito pela aprovação do substitutivo ao Código Florestal.
Presidente do Sindicato de Primavera do Leste, Milton Rossetto, disse estar acreditar que os deputados federais irão superar rivalidades e hostilidades ao setor rural e votar o relatório de autoria do deputado federal Aldo Rebelo (PcdoB/SP).
De acordo com Rosseto, na sua região aproximadamente 750 produtores, de médio a grande, estão em desacordo com a legislação atual.
"Não é para adequar os infratores à lei, é para adequar a lei a atual realidade brasileira. O Brasil não é o mesmo de 1965, este fato não dá para ignorar", destacou.
Mato Grosso tem um único representante na Comissão Especial, o deputado federal Homero Pereira (PR), que ocupa a vice-presidência. E está trabalhando para que o substitutivo do atual Código Florestal seja votado nesta terça-feira (6), dentro da Comissão Especial. E após a eleição apreciado em plenário.
"Desta forma, evitaremos a contaminação das eleições neste processo", frisou o parlamentar.
Em São José do Rio Claro tem 20 mil habitantes 85% deles são pequenos proprietários rurais e cerca de 1.100 assentados, com menos de quatro módulos fiscais. "Precisamos dessa alteração para que esse público continue na sua atividade", observou.
Vindo de São José do Rio Claro, o produtor também presidente do Sindicato Rural, Livônio Brustoline, afirma que, apesar das discussões inflamadas contra e a favor das modificações da lei ambiental, a maioria dos parlamentares tem sensibilidade de perceber a necessidade da revisão.
Segundo ele, o que parece equivocada é a polêmica entre beneficiar o pequeno ou grande agricultor com a reforma da legislação.
"O produtor, pequeno ou grande, precisa de segurança para continuar na atividade. Precisamos saber exatamente o que podemos ou não fazer. Hoje todos os agricultores no meu município estão totalmente desassistidos de qualquer política rural devido às restrições ambientais", contou.