Exportação de ovos vem crescendo no país

Publicado em 06/07/2010 13:14
A exportação brasileira de ovos vem crescendo nos últimos anos. Para agradar os clientes internacionais, uma granja em Porto Feliz, São Paulo, está mudando a cor das gemas.

Ao se olhar, os ovos que as galinhas põem na granja em Porto Feliz, São Paulo, são iguais aos de tantas outras aves. A diferença está escondida dentro da casca, resultado de uma alimentação diferenciada. Além do milho e do farelo de soja, as aves comem outros ingredientes especiais, como páprica, pimentão moído e extrato de uma flor conhecida como calêndula.

Se comparar a ração que as galinhas comem com a comum percebe-se uma grande diferença na cor. Uma é muito mais amarela que a outra. O resultado disso aparece na cor da gema do ovo.

O ovo com o tom de amarelo mais forte é para atender o mercado japonês, A cor da gema segue uma tabela padrão. E ovo para os orientais tem que ter o amarelo de numero 12, resultado que exige duas semanas de alimentação especial das galinhas.

“A partir do primeiro dia que a gente coloca a ração exportação vão 15 dias para dar a coloração média 12. Vai mudando gradativamente”, explicou Maurício Lopes, encarregado de produção.

A ração especial custa 20% a mais do que a convencional, mas esse custo é repassado para os compradores que também pagam 20% a mais. A produção na granja é apenas uma parte do processo. Depois de selecionados, os ovos tomam um banho de água clorada e passam por um equipamento conhecido como ovoscópio, onde são retirados os que têm algum problema.

Só que a exportação não é a dos ovos inteiros. Eles vão na forma líquida. Para isso, têm que passar por uma máquina que quebra a casca e separa a clara da gema. Na industria, são 2,4 milhões por dia. Já pensou fazer esse trabalho com as mãos?

“Com os equipamentos que temos hoje, em uma hora você estaria quebrando cerca de 5,4 mil ovos. Precisaria de muita gente para fazer esse serviço. E gente boa porque tem que quebrar sem parar”, alertou Sérgio Moreto, gerente de produção.

A pasteurização livra o alimento de uma bactéria pra lá de indesejável: a salmonela. E o ovo está pronto para ser embalado em sacos de dez quilos ou em containeres de uma tonelada. A cor do ovo não muda o sabor nem as propriedades nutritivas. Mas para os japoneses pode fazer muita diferença.

O faturamento com as exportações de ovos nos cinco primeiros meses deste ano cresceu 25% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Fonte:
Globo Rural

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