Dólar fecha a R$ 1,75, a menor taxa desde início de maio; Bovespa ganha 1,30%

Publicado em 13/07/2010 17:15

O bom humor global contribuiu para que a taxa de câmbio brasileira cedesse para o seu menor patamar em mais de 60 dias. A expectativa de que as empresas americanas entreguem bons resultados, ou pelo menos em linha com as expectativas, nos balanços do segundo trimestre, dá impulso novo ímpeto às Bolsas de Valores e faz com que os agentes financeiros ignorem às más notícias do dia.

Hoje, por exemplo, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que o país teve deficit comercial atingiu US$ 42,3 bilhões em maio, o maior saldo negativo em 18 meses, acima das expectativas do mercado.

E a agência Moody's rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) de Portugal, mas ainda mantendo a classificação de "grau de investimento". A Moody's citou preocupações com o tamanho da dívida e as perspectivas fracas de crescimento desse país.

Prevaleceu, no entanto, a reação positiva aos resultados da Alcoa (fabricante de alumínio), que ontem à noite revelou números em linha com o previsto por analistas, e que indicou melhores expectativas para o consumo do produto nos próximos meses.

Nesse cenário, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,753, baixa de 0,67%, nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,760 e R$ 1,750. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,870, em queda de 0,53%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sobe 1,30%, aos 63.776 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,88 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 1,86%.

Luiz Carlos Baldan, diretor da corretora de câmbio Fourtrade, tem dúvidas de que as taxas possam cair muito abaixo do patamar atual. Amanhã, a China revela números fundamentais sobre o estado da economia, como o crescimento do PIB e a produção industrial. Ele acredita que, mesmo no caso de uma leitura muito positiva do mercado desses indicadores, dificilmente o dólar recuaria muito mais.

"Acho o que o Banco Central já mostrou várias vezes que quer ver o dólar oscilar numa faixa de R$ 1,75 a R$ 1,85, ou R$ 1,90, até o final do ano. E o próprio mercado não acredita numa queda muito maior", comenta, lembrando que, no boletim Focus, a projeção para a taxa cambial de dezembro é mantida há várias semanas em R$ 1,80.

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas recuaram.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista cedeu de 10,98% para 10,95%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada caiu de 11,32% para 11,25%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista passou de 11,84% para 11,76%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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