Bovespa sobe 2,43% e supera 66 mil pontos; dólar vale R$ 1,76

Publicado em 22/07/2010 16:21

O mercado de ações brasileiro sustenta alta de mais de 2% nesta quinta-feira, acompanhando a tendência das Bolsas no exterior após balanços corporativos positivos e dados melhores sobre a economia europeia. Ao longo do pregão, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) chegou a ultrapassar algumas vezes os 66 mil pontos --a última vez em que o índice fechou acima deste nível foi em 3 de maio.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, sobe 2,43%, aos 66.043 pontos. Ontem, a Bovespa fechou com alta de 0,02%, quase estável.

Em Nova York, o Dow Jones sobe 2,16%. Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 1,90%, enquanto a de Frankfurt subiu 2,53%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,762, em queda de 1,23%. A taxa de risco-país marca 216 pontos, 5,26% abaixo do nível do fechamento anterior.

A zona do euro divulgou hoje que as encomendas à indústria em seus 16 países membros aumentaram 3,8% em maio ante abril e 22,7% ante maio passado, superando as expectativas de estabilidade. Além disso, o PMI (Índice dos Gerentes de Compra) preliminar para julho subiu para 56,7, o maior nível em três meses.

Nos Estados Unidos, os balanços corporativos apresentados mostraram que muitas empresas não estão sendo afetadas pela redução no ritmo de crescimento da economia. Caterpillar Inc., 3M Co., UPS Inc. e AT&T Inc. tiveram lucros acima do esperado e melhoraram suas perspectivas para o futuro.

Entre os indicadores divulgados no país, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 464 mil --aumento de 37 mil pedidos em relação ao último levantamento revisado, de 427 mil. A alta já era esperada pelo mercado e foi facilmente deixada de lado pelos investidores, que se concentraram nos dados positivos.

Além disso, dados da NAR (Associação Nacional dos Corretores Imobiliários, na sigla em inglês) mostraram que as vendas de residências usadas nos Estados Unidos caíram 5,1% em junho, apontando que o setor imobiliário ainda passa por dificuldades. Mesmo em queda, o índice surpreendeu os analistas, que projetavam baixa de 9,9%.

O preço dos imóveis, por outro lado, aumentou 0,5% na comparação de maio com o mês de abril (0,8%), de acordo com o House Price Index. Por último, o índice de indicadores antecendentes, que busca avaliar as tendências da economia americana para os próximos meses, caiu 0,2% em junho, a segunda queda dos últimos três meses. Os economistas, porém, previam queda de 0,3%.

No Brasil, o mercado parece ter visto com bons olhos a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, para 10,75% ao ano. O ritmo menor de alta era esperado por parte dos analistas, após indicadores mostrarem um arrefecimento na atividade econômica no país e nas pressões inflacionárias.

Ainda por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que a taxa de desemprego no país ficou em 7% em junho, abaixo dos 7,5% registrados em maio e dos 8,1% do mesmo mês no ano passado. O índice é o menor, para o mês, desde o início da série histórica, em 2002.

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Fonte:
Folha Online

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