Dólar fecha em alta pelo segundo dia, a R$ 1,77; Bovespa sobe 0,37%

Publicado em 27/07/2010 17:17

A taxa de câmbio encerrou o dia em leve alta nesta terça-feira, ainda sofrendo os impactos dos rumores sobre uma possível atuação do Banco Central nas negociações. Com notícias animadoras nos Estados Unidos no início do dia, o dólar ainda ensaiou uma queda no começo do dia, tocando novamento o "piso" de R$ 1,75.

Mas a virada nos mercados e a possibilidade de o BC realizar um leilão de "swap cambial reverso" no mercado, instrumento que equivale à compra de dólar futuro e cria demanda pela moeda, para elevar as cotações, fizeram a moeda subir novamente. De acordo com operadores, o BC teria consultado agentes sobre a realização de um leilão.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu a atuação da autoridade monetária. "Não vejo no momento especulação forte, apesar das notícias de que as instituições estão aumentando sua posição vendida [aposta na valorização do real]. Sou favorável à atuação do BC, que não é só via operações de 'swap reverso', mas também limitando a exposição cambial dos bancos", disse o ministro.

Mantega acrescentou que o governo não estuda medidas para conter a valorização da moeda nacional. Para a Fazenda, o aumento do deficit em transações corrente do país deverá "em algum momento" levar a uma desvalorização do real.

Nesse cenário, o dólar comercial foi trocado por R$ 1,770, alta de 0,16%, nas últimas operações. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,756 e R$ 1,771. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,890, estável.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra ganhos de 0,37%, aos 66.692 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem alta de 0,12%.

Depois de abrirem a terça-feira com valorização, as Bolsas nos Estados Unidos e no Brasil perderam o ritmo e chegaram a operar no negativo por diversos momentos hoje, após a divulgação da confiança do consumidor norte-americano.

O índice teve uma leitura de 50,4 pontos em julho, ante 54,3 pontos em junho (dado revisado), apontou sondagem do instituto privado The Conference Board. O nível é o menor desde fevereiro.

O anúncio ofuscou os fortes resultados da química DuPont e dos bancos europeis UBS e Deutsche Bank, além de um crescimento maior que o previsto nos preços de casas nos Estados Unidos --o índice registrou alta de 0,5% em maio ante abril, contra projeção de 0,2%.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas fecharam em queda.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista caiu de 10,75% para 10,72%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi de 10,90% para 10,84%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,62% para 11,54%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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