FMI pede reforço do consumo interno chinês e elogia flexibilização do yuan
"O desafio que enfrenta a China é o de determinar o ritmo e a sequência das medidas que lhe permitirão sair da política de incentivo orçamentário e de expansão do crédito para uma economia reorientada ao consumo privado", destaca o FMI em um comunicado publicado um dia após a reunião de seu Conselho de Administração, em Washington.
Os administradores do Fundo "felicitaram a China por sua resposta rápida e decisiva à crise econômica mundial" e pelo compromisso das autoridades "de respeitar o plano de ação decidido pelo G20 para um crescimento mundial forte, viável e equilibrado".
O FMI também acolheu "favoravelmente a recente decisão" da China "de voltar ao regime de taxa de câmbio de flutuação controlada".
Alguns dos 24 membros do conselho executivo da organização acreditam que a moeda chinesa está muito desvalorizada, segundo o FMI. Mas outros afirmaram que já está acontecendo uma redução estrutural no superavit do balanço de pagamentos da China.
"Vários administradores estão convencidos de que a taxa de câmbio do yuan está abaixo do valor real, mas vários outros não concordam sobre este ponto", destaca o comunicado.
O resumo da revisão anual do FMI das políticas econômicas chinesas omitiu a palavra conflituosa, usada pela última vez em junho pelo diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn -- algo que irritou Pequim.
"Isso reflete uma suavização na posição do conselho sobre o grau de ajuste necessário no regime cambial chinês", disse Eswar Prasad, membro da Brookings Institution e ex-membro do FMI.