Crédito: Produtores atingidos pela cheia em AL reclamam da falta de informação dos bancos
Esta semana, o diretor secretário da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Fernando Medeiros, que teve prejuízos com a cheia porque sua propriedade submersa pelas águas, percorreu os Bancos do Brasil e do Nordeste na tentativa de conseguir o adiamento da cobrança de um empréstimo que estava prestes a se vencer. O recurso foi retirado para realização de melhorias em seu empreendimento.
Mas o esforço foi em vão. Segundo Medeiros, na agência do Banco do Brasil nenhuma normatização sobre a liberação do recurso destinado aos comerciantes atingidos pela cheia foi repassada aos funcionários. Já no Banco do Nordeste para liberar o recurso é exigido à mesma documentação de processos comuns de empréstimo. “Fica inviável. Fui pedir o adiamento da parcela de um empréstimo e a orientação era que eu fizesse um aditivo ao contrato e registrasse em cartório, mas o valor desse aditivo sairá superior a parcela da dívida”, reclamou.
O empresário comentou que a situação vem se repetindo com alguns colegas do ramo e se queixou da falta de informação por parte dos agentes financeiros. “Inicialmente a informação era que poderíamos solicitar a prorrogação da dívida, o que não acontece na prática. Sem contar que os bancos não disponibilizam pessoal para cadastrar e orientar esses pequenos e médios empresários”, atacou.
Os recursos para os empresários vítimas da cheia estão liberados desde dia 14 deste mês. Conforme o anunciado, quem precisar entre R$ 1 mil e R$ 50 mil, a carência será de dois anos e prazo de até 120 meses para pagar. Os empresários que necessitarem retirar de R$ 50 mil até R$ 1 milhão, o tempo de carência é o mesmo e o prazo para pagamento é de cinco anos. Já os empresários que possuem empréstimos a pagar haverá a prorrogação para quitar a dívida.