Crédito: Produtores atingidos pela cheia em AL reclamam da falta de informação dos bancos

Publicado em 29/07/2010 16:23
Motivados pelo anúncio do governo federal, no qual produtores rurais atingidos pela cheia em Alagoas, teriam uma linha de crédito para tentar minimizar os prejuízos, alguns empresários alagoanos esbarraram na falta de informação  e burocracia dos bancos.

Esta semana, o diretor secretário da Cooperativa da Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Fernando Medeiros, que teve prejuízos com a cheia porque sua propriedade submersa pelas águas, percorreu os Bancos do Brasil e do Nordeste na tentativa de conseguir o adiamento da cobrança de um empréstimo que estava prestes a se vencer. O recurso foi retirado para realização de melhorias em seu empreendimento.

Mas o esforço foi em vão. Segundo Medeiros, na agência do Banco do Brasil nenhuma normatização sobre a liberação do recurso destinado aos comerciantes atingidos pela cheia foi repassada aos funcionários. Já no Banco do Nordeste para liberar o recurso é exigido à mesma documentação de processos comuns de empréstimo. “Fica inviável. Fui pedir o adiamento da parcela de um empréstimo e a orientação era que eu fizesse um aditivo ao contrato e registrasse em cartório, mas o valor desse aditivo sairá superior a parcela da dívida”, reclamou.

O empresário comentou que a situação vem se repetindo com alguns colegas do ramo e se queixou da falta de informação por parte dos agentes financeiros. “Inicialmente a informação era que poderíamos solicitar a prorrogação da dívida, o que não acontece na prática. Sem contar que os bancos não disponibilizam pessoal para cadastrar e orientar esses pequenos e médios empresários”, atacou.

Os recursos para os empresários vítimas da cheia estão liberados desde dia 14 deste mês. Conforme o anunciado, quem precisar entre R$ 1 mil e R$ 50 mil, a carência será de dois anos e prazo de até 120 meses para pagar. Os empresários que necessitarem retirar de R$ 50 mil até R$ 1 milhão, o tempo de carência é o mesmo e o prazo para pagamento é de cinco anos. Já os empresários que possuem empréstimos a pagar haverá a prorrogação para quitar a dívida.

Fonte: AI CPLA

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