Dólar fecha em queda após três dias, a R$ 1,76; Bovespa tem leve alta

Publicado em 29/07/2010 17:10

A taxa de câmbio doméstica fechou em queda pela primeira vez na semana nesta quinta-feira, após uma leve melhora na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) no fim dos negócios. O dólar operou em queda durante todo o dia e chegou a ficar novamente abaixo de R$ 1,75, mas acabou fechando pouco acima disso.

No mercado acionário, o dia foi de volatilidade, com os investidores à espera da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos no segundo trimestre, na sexta-feira, e do balanço da mineradora Vale, nesta noite.

Na última hora de negociação no mercado de câmbio, a Bovespa conseguiu se estabilizar em terreno positivo, ajudando o dólar comercial a terminar o dia em queda de 0,56%, a R$ 1,761. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,758 e R$ 1,771. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,880, estável.

Ainda operando, a Bovespa registra ganhos de 0,04%, aos 66.834 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,18 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem queda de 0,29%.

Além disso, a moeda norte-americana atingiu seu menor patamar frente ao dólar desde o dia 4 de maio, em maio às preocupações de que a economia europeia esteja se recuperando mais rápido que a dos Estados Unidos. O euro chegou a US$ 1,31.

"A tendência é que continue entrando capital no país [fazendo com que o dólar caia]. O Banco Central sinalizou hoje que o juro não vai mais subir muito, vai ficar em um patamar bom, a situação no país é tranquila", afirmou Johny Kneese, diretor da corretora de câmbio Levycam.

O BC divulgou hoje a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em que reduziu o ritmo de alta da taxa básica de juros para 0,5 ponto percentual --a Selic está atualmente em 10,75% ao ano.

A autoridade monetária avaliou que os riscos para a inflação se reduziram no último mês, devido à reversão de parte dos estímulos introduzidos durante a crise financeira de 2008/2009. Além disso, a influência do cenário internacional sobre o comportamento da inflação doméstica passou a ter um efeito desinflacionário.

Desde sexta-feira, o mercado está na expectativa da realização de um leilão de "swap cambial reverso" no mercado. De acordo com operadores, o BC consultou as grandes mesas de operação sobre a possibilidade da operação, que equivale à compra de dólar futuro e cria demanda pela moeda, para elevar as cotações.

Na terça-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu a atuação da autoridade monetária. "Não vejo no momento especulação forte, apesar das notícias de que as instituições estão aumentando sua posição vendida [aposta na valorização do real]. Sou favorável à atuação do BC, que não é só via operações de 'swap reverso', mas também limitando a exposição cambial dos bancos", disse o ministro.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas fecharam em queda.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista ficou estável 10,72%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi para 10,82%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,56% para 11,51%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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