Dólar sobe pelo 3º dia, com incertezas no exterior; Bovespa valoriza 0,23%

Publicado em 12/08/2010 17:22

A continuidade das incertezas a respeito da recuperação da economia norte-americana nesta quinta-feira deu fôlego para uma nova valorização da taxa de câmbio doméstica na sessão de hoje, a terceira consecutiva.

Nos Estados Unidos, novos dados ruins sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos e o balanço da Cisco abaixo do esperado puxaram novamente as Bolsas de Valores para baixo.

No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) oscilou perto da estabilidade durante todo o dia, equilibrando as informações negativas vindas do exterior com a alta de ações do setor de mineração e siderurgia após boas notícias no front doméstico.

Nesse cenário, o dólar comercial fechou trocado por R$ 1,774, alta de 0,22%, nas últimas operações. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,769 e R$ 1,781. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,89, estável.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra alta de 0,23%, aos 65.944 pontos. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem queda de 0,57%.

Mesmo com o pessimismo no exterior, a cotação da moeda norte-americana não tem mostrado valorização na mesma intensidade que a queda nas Bolsas nos últimos dias. Isso, segundo operadores e analistas, ocorre porque a entrada de capital no mercado financeiro brasileiro continua forte, influenciada pelas boas perspectivas para a economia do país e pela diferença entre as taxas de juros aqui e no exterior.

Há duas semanas, surgiram rumores no mercado de que o Banco Central estaria planejando um leilão de "swap cambial reverso", instrumento que equivale à compra de dólar futuro e cria demanda pela moeda, para elevar as cotações.

Hoje, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Luiz Mendes, afirmou que a autoridade monetária ainda não viu a necessidade de se utilizar contratos de câmbio para segurar a queda da moeda.
"O BC tem condições legais e operacionais para usar [o swap]. Senão o fez, é porque não há necessidade hoje. Mas amanhã é outro dia."

Em agosto, o BC já comprou mais de US$ 1 bilhão (já são mais de US$ 15 bilhões neste ano). Segundo Aldo, como o mercado trabalha com base na antecipação do fluxo de recursos para o país --se espera uma forte entrada de dólares por conta da capitalização da Petrobras--, o BC também precisa utilizar essa política.

"O BC está comprando porque existe uma expectativa de fluxo, porque é assim que o mercado trabalha", afirmou.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas fecharam em queda.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista caiu de 10,71% para 10,70%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada ficou em 10,79%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista caiu de 11,58% para 11,52%. Esses números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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