Bovespa cede 0,48%, em dia de agenda fraca e queda no exterior; dólar cai

Publicado em 18/08/2010 13:33

Em dia de agenda fraca, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) segue o movimento de desvalorização nos mercados internacionais e opera em queda nesta quarta-feira. No exterior, os investidores aproveitam a falta de notícias para embolsar parte dos lucros da véspera --ontem, os índices em todo o mundo tiveram forte alta impulsionadas por boas notícias vindas dos Estados Unidos.

O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, cai 0,48%, aos 67.280 pontos. Na terça-feira, a Bovespa fechou em alta de 1,32%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones cede 0,11%.

O dólar comercial registra queda de 0,22%, em R$ 1,751. A taxa de risco-país marca 201 pontos, número 1,51% acima da pontuação anterior.

As ações da Petrobras lideram as quedas na Bolsa paulista. Reportagem da Folha informa nesta quarta que o megainvestidor George Soros vendeu no segundo trimestre todas as suas aplicações em papéis da companhia estatal, que eram o principal investimento da sua carteira ao menos até o fim de março.

Os papéis da Petrobras vêm sofrendo com as incertezas sobre o processo de capitalização da companhia. Na segunda-feira, porém, o presidente da companhia, José Sergio Gabrielli, confirmou que a oferta de ações ocorrerá em setembro.

Hoje, além disso, a queda nos preços das commodities no mercado internacional puxam as ações de setores ligados a esses produtos, como mineração e petróleo, para baixo. Os papéis da Vale também registram queda.

Na Europa, Londres fechou em queda de 0,89%, enquanto Frankfurt registrou desvalorização de 0,32%.

Entre as notícias do dia, a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral de seus países membros cresceu 0,7% entre abril e junho, mesmo aumento registrado no primeiro trimestre do ano.

Pelos dados publicados nesta quarta-feira pela organização, formada por 32 países desenvolvidos, este é o quinto aumento trimestral consecutivo.

No Brasil, o Banco Central divulgou que a entrada de dólares no país superou a saída em US$ 2,36 bilhões nas duas primeiras semanas de agosto. O comércio exterior, a diferença entre operações ligadas a exportações e importações gerou um resultado negativo de US$ 286 milhões.

Na área financeira, por outro lado, houve entrada de US$ 2,65 bilhões. Esse número inclui investimentos estrangeiros diretos em empresas, em Bolsa de Valores e títulos públicos, além de remessas de recursos como lucros e dividendos para o exterior.

As intervenções do BC no câmbio somaram US$ 2,37 bilhões nesse período, o que elevou as reservas internacionais do país para cerca de US$ 260 bilhões.

Fonte: Folha Online

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