Em debate desta quarta-feira, candidatos adotam novos tons
Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência e coordenador do programa de governo de Dilma Rousseff, afirmou que a postura mais ácida adotada por José Serra é “desespero”. “Quem é o governo Serra para falar de fisiologismo? Esse discurso é para a plateia e mostra uma desidratação de sua candidatura”.
José Serra - Na opinião do presidente nacional do PSDB, senador Sergio Guerra, o candidato tucano acertou no tom mais ofensivo. “Não gosto de cenografia, não sou discípulo de ‘marquetismo’”. Guerra acredita que Serra estava seguro, começou o debate de forma austera e terminou descontraído, enquanto Dilma “começou austera e terminou de cara feia”. Para o senador, a petista foi repetitiva e perdeu a calma com as perguntas dos internautas. “Na questão do aborto, quem não sabia nada ficou sabendo menos ainda”. O tucano criticou ainda o fato de Dilma ter lido suas considerações finais, durante o último bloco do debate.
Opinião verde - João Paulo Capobianco, coordenador-geral da campanha de Marina Silva (PV), afirmou que as regras do debate permitiram igualdade de condições para os candidatos. “Todos tiveram tempo igual para perguntas e respostas e apresentar suas questões de forma clara”. Questionado sobre o comportamento mais agressivo da candidata verde, Capobianco discordou. “Marina não entrou no debate de estatísticas, foi mais explícita nos argumentos e mostrou ser diferente dos outros”.
O coordenador também comentou a pergunta sobre a posição de Marina em um possível segundo turno – se ela apoiaria ou não a petista Dilma Rousseff. “A eleição não está resolvida, há uma movimentação nos números e isso ainda interfere no comportamento do eleitor”, declarou em convergência com a resposta da candidata, que afirmou que “segundo turno decide-se no segundo turno”.