Dólar fecha a R$ 1,76; Bovespa retrai 1%

Publicado em 23/08/2010 17:17

Os preços da moeda americana ainda oscilam num patamar bastante estreito no mercado de câmbio doméstico, sem que o nervosismo da cena externa seja capaz de "bater" o sentimento positivo a respeito da cena doméstica.

Hoje, a taxa de câmbio brasileira chegou a bater R$ 1,75 (a menor cotação do dia) logo pela manhã, piso que não se sustentou e logo subiu para a faixa de R$ 1,76, com a piora das Bolsas americanas.

Nas últimas operações desse expediente, o dólar foi a R$ 1,767 (perto da máxima do dia), o que representa um acréscimo de 0,39% sobre o fechamento da semana passada. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi mantido em R$ 1,880.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda de 1%, aos 66.003 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,5 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 0,21%.

"O que nós estamos vendo é que o mercado tem respeitado muito esse patamar de R$ 1,75. Ninguém se arrisca abaixo disso. É um preço em que já começam as conversas de que o Tesouro vai fazer leilões de 'swap' etc. Por outro lado, mesmo com o maior estresse, o dólar também não sobe muito acima de R$ 1,77. E por que? O Brasil virou um país confiável. Existe uma tranquilidade muito grande. O mercado sabe que dinheiro não falta", comenta Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora Fair.

Os agentes financeiros aguardam com ansiedade a estimativa do PIB (cálculo das riquezas do país) dos EUA, que será divulgado na sexta-feira. A expectativa geral é de que os números reforcem a percepção de que a maior economia do planeta ainda deve crescer a passo muito lento.

O crescimento mais baixo dos EUA pode prejudicar as contas do Brasil, já em situação delicada. O Banco Central brasileiro informou hoje que o deficit do país com as transações externas foi de US$ 4,5 bilhões no mês passado, pior resultado para meses de julho da série iniciada em 1947.

Números mais atualizados, mostram, no entanto, que o capital externo continua a entrar, apesar dessas preocupações. O próprio BC revelou hoje que o fluxo cambial do país (a diferença entre os dólares que entram e saem do país) atingiu quase US$ 1 bilhão (até o dia 19).

O saldo ficou positivo principalmente por conta das operações financeiras (investimentos estrangeiros diretos em empresas, em Bolsa de Valores e títulos públicos, além de remessas de lucros e dividendos para o exterior).

O mesmo órgão ainda mostrou que os bancos aumentaram suas "apostas" na queda da taxa de câmbio --considerando as aplicações no mercado futuro, sob expectativa das divisas que devem entrar no país com a capitalização da Petrobras.

JUROS FUTUROS

No mercado futuro de juros, que serve de referência para o custo dos empréstimos nos bancos, as taxas projetadas subiram nos contratos de mais longo prazo.

No contrato para outubro deste ano, a taxa prevista passou de 10,66% para 10,65%; no contrato para janeiro de 2011, a taxa projetada foi de 10,67% para 10,69%; e no contrato para janeiro de 2012, a taxa prevista avançou de 11,16% para 11,18%.

Os números são preliminares e estão sujeitos a ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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