Bancada ruralista busca reforço nas urnas

Publicado em 27/08/2010 09:52
A bancada ruralista, uma das maiores do Congresso Nacional, busca na campanha eleitoral deste ano crescer de tamanho e ampliar a sua influência no próximo governo, independentemente de quem for eleito presidente. Formado por parlamentares de 17 partidos e de todas as unidades da Federação, o grupo heterogêneo não apóia formalmente nenhum candidato à Presidência da República, embora analistas apontem tendência favorável a José Serra (PSDB) em razão da suposta tolerância das candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV) cominvasões de terra.

"A polarização da corrida presidencial em nada interfere no nosso posicionamento comum de defesa de todo o agronegócio brasileiro, que vai desde a agricultura familiar até o grande exportador", afirma Moreira Mendes (PPS-RO), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Sob a sigla FPA, a bancada ruralista conta oficialmente com 233 deputados e 33 senadores, incluindo filiados do PV, legenda mais identificada como oposi- Bancada ruralista busca reforço Após a vitória na batalha pela aprovação do novo Código Florestal, parlamentares do grupo querem manter feira e fim de semana, 27, 28 e 29 de agosto, 2010 tora da frente do grupo em votações de plenário e comissões da Câmara. Os alvos permanentes da bancada são refinanciamento de dívidas, políticas agrícolas e questões fundiárias.

Os únicos partidos com presença no parlamento e que não se inscreveram na bancada ruralista foram os nanicos PSol, PRTB e PTdo B.Mas o próprio Mendes explica que, na prática, a frente conta mesmo com150 parlamentes, sendo 140 deputados e 10 senadores.

A maioria deles faz parte das bancadas do DEM, PMDB e PSDB e tem grande peso político nas regiões Sul e Centro-oeste, além do Triângulo Mineiro. "São deputados e senadores que vestem a camisa do setor, mas que têm opiniões próprias sobre o quadro político, sobretudo devido a particularidades regionais", diz.

União

A maior prova da coesão do grupo foi a forte presença na elaboração do novo código florestal, cujo texto básico foi aprovado há um mês pela comissão especial da Câmara depois de tramitar por dez anos na Casa. O polêmico parecer do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) recebeu aplausos dos líderes ruralistas e vai para análise em plenário depois das eleições.

Para o deputado federalDuarte Nogueira (PSDB-SP), integrante da bancada ruralista, as alterações no código impediram a insegurança jurídica no campo.

"Conseguimos barrar a derrubada de florestas e a reformulação ainda deu ganho econômico e social para o país", disse. O texto aprovado proíbe a abertura de novas áreas para agricultura ou pecuária em qualquer propriedade por cinco anos - uma moratória do desflorestamento. E diminuiu de 30 para 20 anos o prazo para o produtor recompor as áreas desmatadas e suspendeu as penalidades para produtores rurais que cometeram crimes ambientais até julho de 2008.

Na batalha para impedir rigores na legislação, um grupo de deputados se revezou nos últimos meses na liderança do grupo, com destaque para Valdir Colatto (PMDB-SC), Moacir Micheletto (PMDB-PR), Luiz Carlos Heinze (PP-RS) e Marcos Montes (DEM-MG). Marcos Montes espera "reconhecimento da sociedade pelo esforço em defesa do produtor rural", com "expressiva votação" para os 20 mais destacados deputados da frente da agropecuária. "Fizemos um bom trabalho nesta legislatura", afirma. Com menos representantes, a bancada ruralista no Senado deverá ter o reforço de nomes como o ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).

"A polarização da corrida presidencial não interfere no posicionamento comum de defesa de todo o agronegócio brasileiro, que vai desde a agricultura familiar até o grande exportador Moreira Mendes, deputado e presidente da FPA.

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Fonte:
Brasil Econômico

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